quinta-feira, 26 de outubro de 2017

PENSAR O NECESSÁRIO E NÃO O SUPÉRFLUO


Só se pode encher um vaso até a borda –
Nem uma gota a mais
Não se pode afiar uma faca,
E logo testá-la.
Não se pode acumular ouro e pedras preciosas,
Sem ter lugar seguro para guardá-los.
Quem é rico e estimado,
Mas não conhece a sua limitação,
Atrai a sua própria desgraça.
Quem faz grandes coisas,
E delas não se envaidece,
Esse realiza o céu em si mesmo.
                                               ***
O homem sábio deve ser equilibrado em tudo, como o próprio Universo. Quando o homem-ego pretende fazer mais do que o homem-espiritualizado permite, o desequilíbrio é infalível – e o desequilíbrio é a infelicidade do homem. O homem deve em tudo ser espiritualizado, agindo de dentro para fora.
                                               ***
SEGUIR SEM CESSAR AS VEREDAS INTERNAS
O poder do Espírito
E a harmonia das forças
Preservam da dispersão a vida.
Assim procedendo, se torna o homem
Semelhante à criança,
Purificando sempre a sua visão
E iluminando sempre a sua vida.
Segue as suas veredas
Sem jamais discordar.
Quem conduz seu povo com verdadeiro amor
Permite que ele mesmo se harmonize,
Amparando-o em tempos de fortuna
E nas horas de infortúnio.
Quem possui verdadeira sabedoria
Não necessita de erudição,
Sabe construir valores morais,
E não os guarda para si,
Sabe agir sem se apegar
À sua atividade
Sabe conduzir sem estimular –
 E nisto reside a finalidade da vida.
                                                           ***
Saber tratar as coisas externas sem perder a concentração interna, ser místico por dentro e ser ativo por fora; possuir toda a sabedoria intuitiva, sem se derramar pela ciência que age pela análise; poder ser intensamente produtivo sem nada reter para si; poder agir sem se perder na atividade; poder guiar outros sem os constranger – quem isto pode fazer é um sábio.
                                                           ***
A FONTE DE TODOS OS SEGREDOS DOS MESTRES
Os antigos mestres da vida
Eram profundamente identificados
Com as potências vivas do Cosmos.
Em sua profunda interioridade
Permaneciam a grandeza e o poder
Da sua dinâmica atividade.
Quem compreende, hoje em dia, esses homens?
Sábios eram eles,
Como barqueiros que cruzam um rio
Em pleno inverno;
Cautelosos eram eles
Como homens rodeados de inimigos;
Reservados eram eles,
Como se hóspedes fossem;
Adaptáveis eram eles,
Como gelo que se derrete;
Autênticos eram eles,
Como o núcleo de madeira de lei;
Amplos eram eles,
Como vales abertos;
Impenetráveis eram eles
Como águas turvas.
Impenetrável também nos parece
A sua vasta sabedoria.
Quem pode compreendê-la atualmente?
Que pode restituir à vida
O que tão morto nos parece?
Só quem  sintoniza com a Alma do Infinito!
Só quem não busca o seu próprio ego,
Mas demanda o seu Eu Real,
Mesmo quando tudo lhe falta.
                                                           ***
Esta honra da sabedoria eterna faz lembrar os mais elevados píncaros do saber divino de Salomão, de Krishna e do próprio Cristo.
A fonte de todas as coisas grandes, que se revelam por fora, brota das profundezas da interioridade, da intuição da essência divina do homem. Estas palavras  de suprema sabedoria foram escritas 6 séculos antes da Era Cristã. Ainda hoje existe, em alguns Mestres, essa sabedoria – mas quão poucos são eles! A massa profana humilha, rude, sobre as coisas sagradas e executa a sua dança fúnebre em torno do bezerro de ouro – enquanto Moisés trava o seu silencioso monólogo com o Infinito, no impenetrável cume do Sinai!
Mas... uma pequena elite anônima preserva a extinção do Fogo Sagrado.
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


Nenhum comentário:

Postar um comentário