Só se pode
encher um vaso até a borda –
Nem uma gota
a mais
Não se pode
afiar uma faca,
E logo
testá-la.
Não se pode
acumular ouro e pedras preciosas,
Sem ter
lugar seguro para guardá-los.
Quem é rico
e estimado,
Mas não
conhece a sua limitação,
Atrai a sua
própria desgraça.
Quem faz
grandes coisas,
E delas não
se envaidece,
Esse realiza
o céu em si mesmo.
***
O homem
sábio deve ser equilibrado em tudo, como o próprio Universo. Quando o homem-ego
pretende fazer mais do que o homem-espiritualizado permite, o desequilíbrio é
infalível – e o desequilíbrio é a infelicidade do homem. O homem deve em tudo
ser espiritualizado, agindo de dentro para fora.
***
SEGUIR SEM
CESSAR AS VEREDAS INTERNAS
O poder do
Espírito
E a harmonia
das forças
Preservam da
dispersão a vida.
Assim procedendo,
se torna o homem
Semelhante à
criança,
Purificando sempre
a sua visão
E iluminando
sempre a sua vida.
Segue as
suas veredas
Sem jamais
discordar.
Quem conduz
seu povo com verdadeiro amor
Permite que
ele mesmo se harmonize,
Amparando-o
em tempos de fortuna
E nas horas
de infortúnio.
Quem possui
verdadeira sabedoria
Não necessita
de erudição,
Sabe construir
valores morais,
E não os
guarda para si,
Sabe agir
sem se apegar
À sua
atividade
Sabe conduzir
sem estimular –
E nisto reside a finalidade da vida.
***
Saber tratar
as coisas externas sem perder a concentração interna, ser místico por dentro e
ser ativo por fora; possuir toda a sabedoria intuitiva, sem se derramar pela
ciência que age pela análise; poder ser intensamente produtivo sem nada reter
para si; poder agir sem se perder na atividade; poder guiar outros sem os
constranger – quem isto pode fazer é um sábio.
***
A FONTE DE
TODOS OS SEGREDOS DOS MESTRES
Os antigos
mestres da vida
Eram profundamente
identificados
Com as potências
vivas do Cosmos.
Em sua
profunda interioridade
Permaneciam a
grandeza e o poder
Da sua dinâmica
atividade.
Quem compreende,
hoje em dia, esses homens?
Sábios eram
eles,
Como barqueiros
que cruzam um rio
Em pleno
inverno;
Cautelosos eram
eles
Como homens
rodeados de inimigos;
Reservados eram
eles,
Como se
hóspedes fossem;
Adaptáveis eram
eles,
Como gelo
que se derrete;
Autênticos eram
eles,
Como o
núcleo de madeira de lei;
Amplos eram
eles,
Como vales abertos;
Impenetráveis
eram eles
Como águas
turvas.
Impenetrável
também nos parece
A sua vasta
sabedoria.
Quem pode
compreendê-la atualmente?
Que pode
restituir à vida
O que tão
morto nos parece?
Só quem sintoniza com a Alma do Infinito!
Só quem não
busca o seu próprio ego,
Mas demanda
o seu Eu Real,
Mesmo quando
tudo lhe falta.
***
Esta honra
da sabedoria eterna faz lembrar os mais elevados píncaros do saber divino de
Salomão, de Krishna e do próprio Cristo.
A fonte de
todas as coisas grandes, que se revelam por fora, brota das profundezas da
interioridade, da intuição da essência divina do homem. Estas palavras de suprema sabedoria foram escritas 6 séculos
antes da Era Cristã. Ainda hoje existe, em alguns Mestres, essa sabedoria – mas
quão poucos são eles! A massa profana humilha, rude, sobre as coisas sagradas e
executa a sua dança fúnebre em torno do bezerro de ouro – enquanto Moisés trava
o seu silencioso monólogo com o Infinito, no impenetrável cume do Sinai!
Mas... uma
pequena elite anônima preserva a extinção do Fogo Sagrado.
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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