quinta-feira, 28 de julho de 2016

OS MILAGRES NO SENTIDO TEOLÓGICO


Em sua acepção etimológica, a palavra milagre (de mirari, admirar), significa: admirável, coisa extraordinária, surpreendente. A academia define esta palavra: - Um ato de poder divino contrário às leis conhecidas da natureza.
Em sua acepção usual, esta palavra perdeu como tantas outras, o seu significado primitivo. De geral que era, ela se restringe a uma ordem particular de fatos. No pensamento das massas, um milagre implica a ideia de um fato sobrenatural; no sentido teológico, é uma alteração essencial das Leis da Natureza, pelas quais Deus manifesta o seu poder. Tal é, com efeito, a acepção vulgar, tornada o sentido próprio, e não é senão por comparação e por metáfora que ele é aplicado às circunstâncias comuns da vida.
Um dos caracteres do milagre, propriamente dito, é o de ser inexplicável, por isso mesmo que se cumpre fora das Leis Naturais; e é de tal modo a ideia que se lhe liga que, se um fato miraculoso vem a encontrar a sua explicação, diz-se que não é mais um milagre, por surpreendente que seja. O que faz, para a Igreja, o mérito dos milagres é precisamente a sua origem sobrenatural, e a impossibilidade de explica-los; ela está tão bem fixada sobre este ponto que toda assimilação dos milagres aos fenômenos da Natureza é taxada de heresia, de atentado contra a Fé: que ela excomungou, e mesmo queimou pessoas que não quiseram crer em certos milagres.
Um outro caráter do milagre é o de ser extraordinário, isolado e excepcional; do momento que um fenômeno se reproduz, seja espontaneamente, seja por um ato da vontade, é que ele está submetido a uma Lei, e, desde então, que essa lei seja conhecida ou não, isso não pode ser milagre.
Todos os dias a Ciência faz milagres aos olhos dos ignorantes. Que um homem verdadeiramente morto seja chamado à vida por uma intervenção Divina, e ai está um verdadeiro milagre, porque esse é um fato contrário às Leis da Natureza. Mas se esse homem não tem as aparências da morte, e se há nele ainda um resto de vitalidade latente, e que a ciência, ou uma ação magnética, venha a reanima-lo, para as pessoas esclarecidas é um fenômeno natural, mas aos olhos do vulgo ignorante, o fato passará por miraculoso. Que no meio de certos camponeses um físico lance um papagaio elétrico e faça cair o raio sobre uma árvore, esse novo PROMETEU será certamente olhado como armado de um poder diabólico; mas, Josué detendo o movimento do Sol, ou antes, da Terra, em admitindo o fato, eis o verdadeiro milagre, porque não existe nenhum magnetizador dotado de um tão grande poder para operar tal prodígio.
Os séculos de ignorância foram fecundos em milagres porque tudo cuja causa era desconhecida passava por sobrenatural. À medida que a ciência revelou novas leis, o círculo do maravilhoso foi restringido; mas como não havia explorado todo o campo da natureza, restava ainda uma parte bastante grande ao maravilhoso.
O maravilhoso, expulso do domínio da materialidade pela Ciência, entrincheirou-se no da espiritualidade, que foi o seu último refúgio.
O Espiritismo, em demonstrando que o elemento espiritual é uma das forças vivas da Natureza, força, incessantemente agindo concorrentemente com a força material, fez de novo entrar os fenômenos que dela ressaltam no círculo dos efeitos naturais, porque, como os outros, estão submetidos a Leis.
Se o maravilhoso foi expulso da espiritualidade, não tem mais razão de ser, e é então somente que se poderá dizer que passou o tempo dos Milagres.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

O ESPIRITISMO NÃO FAZ MILAGRES


O Espiritismo vem, pois, ao seu tempo, fazer o que cada Ciência faz em seu advento: revelar novas Leis e explicar, por consequência, os fenômenos que são da alçada dessas Leis.
Esses fenômenos, é verdade, se prendem à existência dos Espíritos e à sua intervenção no mundo material, ora, ai está, diz-se o que é o sobrenatural. Mas então seria necessário provar que os Espíritos, e as suas manifestações, são contrários às Leis da natureza; que isso não é, e não pode ai estar uma dessas Leis.
O Espírito não é outro senão a alma que sobrevive ao corpo; é o ser principal uma vez que não morre, ao passo que o corpo não é senão um acessório que se destrói. Sua existência é, pois, tudo tão natural depois como durante a encarnação; ela está submetida às Leis que regem o princípio espiritual, como o corpo está submetido às que regem o princípio material; mas como estes dois princípios têm uma afinidade necessária, que regem incessantemente um sobre o outro, que, de sua ação simultânea do conjunto, segue-se que a espiritualidade e a materialidade são duas partes de um mesmo todo, tão naturais uma quanto a outra, e que a primeira não é uma exceção, uma anomalia na ordem das coisas.
Durante sua encarnação, o Espírito atua sobre a matéria por intermédio de seu corpo fluídico ou períspirito; ocorre o mesmo fora da encarnação. Ele faz, como Espírito e na medida de suas capacidades, o que fazia como homem; como ele não tem mais seu corpo carnal por instrumento, somente se serve dos órgãos materiais de um encarnado, que se torna o que se chama de médium. Ele faz como aquele que, não podendo ele mesmo escrever, toma emprestada a mão de um secretário; ou que, não sabendo uma língua, serve-se de um intérprete. Um secretário, um intérprete são os médiuns de um encarnado, como o médium é o secretário ou intérprete de um Espírito.
O meio no qual agem os Espíritos, e os meios de execução não sendo os mesmos que no estado de encarnação, os efeitos são diferentes. Esses efeitos não parecem sobrenaturais senão porque são produzidos com a ajuda de agentes que não são os dos que nos servimos; mas desde o instante em que esses agentes estão em a Natureza, e que os fatos das manifestações se cumprem em virtude de certas leis, nada há de sobrenatural nem de maravilhoso. Antes de conhecer as propriedades da eletricidade, os fenômenos elétricos passavam por prodígios aos olhos de certas pessoas. Desde que a causa foi conhecida, o maravilhoso desapareceu. Ocorre o mesmo com os fenômenos Espíritas, que não saem mais da ordem das Leis Naturais que os fenômenos elétricos, acústicos, luminosos e outros, que foram a fonte de uma multidão de crenças supersticiosas.
Todavia, dir-se-á, admitis que um Espírito pode levantar uma mesa e mantê-la no espaço sem ponto de apoio; isso não é uma anulação da Lei da Gravidade? – Sim, da Lei conhecida; mas se conhecem todas as Leis? Antes que se tivesse experimentado a força ascensional de certos gases, quem diria que uma pesada máquina, levando vários homens, poderia vencer a força de atração? Aos olhos do vulgo, isso não deveria parecer maravilhoso, diabólico? Aquele que propusesse, há mais de um século, transmitir um despacho a quinhentas léguas, e receber sua resposta em alguns minutos, teria passado por um louco; se o fizesse, crer-se-ia que tinha o diabo às usas ordens, porque então, só o diabo era capaz de andar tão depressa; entretanto, hoje, a coisa é não somente reconhecida possível, mas parece naturalíssima. Por que, pois, um fluido desconhecido não teria a propriedade, em circunstâncias dadas, de contrabalançar o efeito da gravidade, como o hidrogênio contrabalança o peso do balão? Foi, com efeito, o que ocorreu no caso do qual se trata.


A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

OS PODERES MÁGICOS DAS MÃOS E A RELIGIÃO


O passe nasceu nas civilizações da selva como um elemento da magia selvagem, um rito das crenças primitivas. A agilidade das mãos em fazer e desfazer as coisas sugeria a existência, nelas, de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor, da pressão dos dedos estancando o sangue ou expulsando um espinho ou o ferrão de uma vespa ou o veneno de uma cobra. Os poderes mágicos das mãos se confirmavam também em fazer pedidos aos deuses, que eram simplesmente os espíritos. As bênçãos e as maldições foram as primeiras manifestações típicas dos passes.
O selvagem primitivo não teorizava, mas experimentava instintivamente e aprendia a fazer e desfazer com o poder das mãos. Os deuses (os espíritos) auxiliavam, socorriam, instruíam em suas manifestações mediúnicas naturais. A sensibilidade mediúnica aprimorava-se nas criaturas mais sensíveis e assim surgiram os pajés, os feiticeiros, os xamãs, os mágicos terapeutas, curadores.
A descoberta do passe acompanhava e auxiliava o desenvolvimento do rito, da linguagem e da descoberta de instrumentos que aumentavam o poder das mãos. Podemos imaginar, com o fez André Lang, um homem primitivo olhando intrigado o emaranhado de riscos da palma de sua mão, sem a mínima ideia do que aquilo poderia significar. Seus descendentes iriam admitir, mais tarde, que ali estavam traçados dos destinos de cada criatura.
O mistério da mão humana foi um elemento essencial do desenvolvimento da inteligência e especialmente da descoberta lenta e progressiva, pelo homem, dos seus poderes internos. Dos tempos primitivos até os nossos dias, a mão é o símbolo do fazer que nos leva ao saber. Enquanto a lua, o sol, as estrelas atraíam os homens para os mistérios do cosmos, a mão os levava a mergulhar nas profundezas da natureza humana.
Dessa dialética do interior e do exterior nasceram a Magia e a Religião. A Magia é a prática, nasceu das mãos e funciona através delas. A Religião é teórica, nasceu dos olhos, da visão abstrata do mundo e funciona no plano das ideias.
Na Magia, os homens submetem os deuses (espíritos) ao poder humano, obrigam a Divindade a obedecê-los, a fazer por eles.
Na Religião, os homens se submetem aos deuses, suplicam a proteção da Divindade. Mas, apesar dessa distinção, as Religiões não se livraram dos resíduos primitivos das fórmulas mágicas. Todas as Igrejas da atualidade, mesmo após as reformas recentes, apegam-se no fazer dos mágicos através de seus sacramentos da Eucaristia, na Igreja Católica, pelo qual o sacerdote obriga Deus a materializar-se nas espécies da hóstia, para que o crente possa absorvê-lo e purificar-se com sua ingestão.
No Espiritismo os resíduos mágicos não podiam existir, pois se trata de uma Doutrina Racionalista, mas o grande número de adeptos provindos dos meios religiosos, sem a formação filosófica e científica da Doutrina, carregam esses resíduos para o nosso meio, numa tentativa de padronização de práticas espíritas e de transformação dos passes num fazer dos médiuns e não dos Espíritos.
É tipicamente mágica a atitude do médium que pretende, com sua ginástica, limpar a aura de uma pessoa ou limpar uma casa. As tentativas de cura através desses bailados mediúnicos revela a confiança mágica no rito que pratica. Por isso Jesus ensinou simplesmente a imposição das mãos acompanhada da oração silenciosa. As orações em voz alta e em conjunto é também um resíduo mágico, pelo qual se tenta obrigar a Deus ou aos Espíritos a atenderem os clamores humanos.
A Religião Racional e, portanto consciente baseia-se na fé esclarecida pela razão, que não comporta de maneira alguma essas e outras práticas formais e carregadas de Misticismo Igrejeiro.
A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

A BONDADE É A TUA ROTA NA VIDA

A “VOZ DO CRISTO” DENTRO DE TI


A Bondade está em tua Vida Interior. Nela, tu deves sentir a Luz do Senhor iluminando teu trajeto no contato com os teus semelhantes; onde todos se encontram com as maldades humanas esquecendo que a Bondade vem do Pai Altíssimo.
As lutas da vida. Os sacrifícios por todas as vontades de se  almejar uma vida material mais honrosa – fazem com que tu fiques em contato desvantajoso com as maldades do orgulho, da inveja, do egoísmo que estão rodeando a tua vivência externa, impedindo-te de sentir a Bondade interna – que dá a ti as vibrações generosas que alimentam ao teu sentimento de Amor. 
Escutas aos teus valores interiores, e neles conseguirás experimentar a valentia da segurança que a tua consciência tem em tua Obra de Amor ao Próximo. Sim é uma Obra de Amor, porque tu queres oferecer os teus sacrifícios para uma experiência de vida que reerga ao teu irmão mais próximo, para que sinta a Luz Interior, a Bondade infinita que Deus Pai dá para todos.
No entanto, tuas glórias não devem permanecer nesta dependência; mas, sim, no querer e no poder derramar a Caridade para todos, mesmo que seja no íntimo e no profundo de teu “ser”, porque deste  modo, as Energias todas que a Luz divina derrama para o Planeta Terra, trazerem pouco a pouco a transformação para a Humanidade, no sentido de beneficiar aos pobres e deserdados dos bens materiais.
Não deixes de cumprir a tua Bondade – pois dela – nasce uma corrente de bons pensamentos que vão alimentar àqueles que são teus familiares, amigos, conhecidos e até mesmo desconhecidos e inimigos.
Fazendo isto – tu alimentas amavelmente a tua mente, o teu corpo, o teu coração e o teu espírito – porque em tudo está a Mão de Deus – protegendo-te.
Abel Monsenhor
Missionário do “Cristo”

Psicografia: Luíza Cony

A VALORIZAÇÃO DO AMOR – O AGIR

A “Voz do Cristo” dentro de ti

Segues por teus caminhos – sintas que ainda tens muito para cumprir. Neste muito – entregues a tua Sabedoria para propagar a valorização do Amor – o bem maior que Deus dá dentro de ti.
Os caminhos árduos que vens seguindo – são as grandes experiências para a tua consciência aprender um conhecimento mais real do que é viver; do que é saber sentir a vida numa constatação puramente amorosa para dar de si para um semelhante que nada possua.
Mas – muitos seres humanos agem como tu, e tantos outros deixam de agir;  porque não há nestes a Sabedoria do Amor, e sim, o sentimento egoísta de receber mais do que dar.
Por isto – sigas em teus caminhos – crendo que tudo que podes fazer – é aumentar os teus conhecimentos sobre a Humildade e a Caridade – para dar de si com mais amor.
Agir em benefício deste valor profundo – é criar uma Harmonia Interior, e disto resultar mais consciência sobre o que é Amar a si  e ao próximo – fazendo o Bem sem olhar a quem.
Abel monsenhor
Missionário do “Cristo”

Psicografia Luíza Cony

O AMOR DO ESPÍRITO CONSOLADOR (CRISTO)

A “Voz do Cristo” dentro de ti

Sentir o Amor – é anunciar o seu viver interior para a sua consciência, e humildemente compreender a Luz que ilumina sua caminhada de vida.
Não queira somente sentir as vibrações do Amor Carnal – para que as palavras acima venham estar em constantes pensamentos, e aliviar os sofrimentos humanos.
Não cale dentro de si – este Amor do espírito consolador – assim você vive experiências que renovam o seu viver na saúde do corpo e da mente.

Diariamente – vibre os pensamentos deste Amor, para que o seu corpo, a mente, o coração e o espírito recebam todas as energias do Bem – que o Espírito Consolador (“Cristo”) – derrama dentro de ti.
EU VOS CONSOLO
- “EU VOS DOU ESTE AMOR PARA QUE AS FERIDAS QUE TÊM GRAVADAS EM SEU CORAÇÃO, EM SEU CORPO, EM SUA MENTE RECEBAM A DIVINA BENEVOLÊNCIA DO PAI CRIADOR”.
- “ EU VOS DOU ESTAS BÊNÇÃOS E BENDIGO ESTE AMOR, PARA QUE O SEU VIVER SINTA OS RAIOS DA LUZ DIVINA – PROTEGENDO E DANDO O AMOR DO ESPÍRITO CONSOLADOR (“CRISTO”) DENTRO DE TI”.
Abel Monsenhor
Missionário do “Cristo”
Psicografia Luíza Cony

quarta-feira, 27 de julho de 2016

ABRANDAI AS PREOCUPAÇÕES SENTINDO A LUZ DIVINA

A “VOZ DO CRISTO” DENTRO DE TI

As tuas preocupações devem ficar no mais profundo do teu “ser” também; a fim de que o valor humano seja a grande batalha de tua caminhada de vida.
Nas preocupações está um percentual de negativismo que abala o teu emocional, e cria desgastes no organismo.
Não fique s espreitando por detrás das preocupações materiais, porque aniquilam com o teu viver interior, lugar de Paz e de Amor que a alma pede para sentires no viver cotidiano.
quanto mais lanças pensamentos ao Senhor pedindo para ajudar-te aliviar as preocupações  - mais deves pensar no teu valor Humano, para que a tua Evolução torne-se um Progresso Espiritual que atinja a consciência e faça de teu organismo um maior e saudável amigo para a saúde de tua vida.
Lembra-te de todas as passagens de amor, de humildade que Jesus Cristo fez por todas as criaturas humanas alastrarem o conhecimento sobre as verdades da vida, e tendo o sentido mais profundo para iluminar a mente e derramar mais vontade de valer-se como um “ser” abençoado pelo Deus Pai.
Coloca-te na sintonia da Luz Divina que está dentro de ti – e sentirás a Paz mental para diminuir as tuas preocupações materiais – e alicerçar-te no campo sereno de teu valor interior – abrandando deste modo o que trazes em tua vida.
Experimentai deste valor – eu vos dou esta mensagem para usufruir beneficamente os teus pensamentos.
Abel Monsenhor                       
Missionário do “Cristo”

Psicografia Luíza Cony

A PROGRESSÃO DE SUA VIDA ESTÁ DENTRO DE SI

A “VOZ DO CRISTO” DENTRO DE TI

Nos momentos difíceis de sua vida – você deve olhar o seu próximo, a fim de que todas as amarguras e as ansiedades venham criar dentro de si – uma nova visão da vida.
Não lhe falo estas palavras somente porque você necessita de ajuda espiritual, e sim, para que você avance em sua maneira de progredir, com mais Amor por tudo que vem do Deus Pai.
A Progressão de sua vida está numa infinidade de pequenas coisas da alma e do coração, porque desta maneira sua consciência tem uma clara e ampla visão sobre o que você deve elaborar para cada vez mais melhorar nas atitudes, no comportamento humano junto aos seus semelhantes.
Não deixe estas palavras esquecidas em sua vida, pois, delas, você ainda pode fazer uso para o que necessita tanto na saúde como em qualquer outra circunstância.
Sinta que em seu estado psicológico – a Força do bem que emprego nestas escritas – pode estimular para o positivismo; e sendo assim – você nutrir-se de mais compreensão, mas amor, mais humildade.
Abel Monsenhor
Missionário do “Cristo”.

Psicografia Luíza Cony

sábado, 23 de julho de 2016

PLANEJAR É CRIAR HOJE O SEU FUTURO



Você acredita que é possível determinar o seu futuro?
Creio que sua primeira reação será a de achar que eu comecei este texto filosofando sobre a vida. Ou será que, mais objetivamente, está me considerando uma insensata?
Tenho escrito algumas matérias, as quais na verdade são inspirações. Aqui vai o trecho de uma delas... “Você é mais do que tudo o que possa possuir. Seu Eu Divino já possui tudo. E pode com o tempo, tudo manifestar.”
Qualquer um pode e deve pensar sobre a vida que quer ter. É uma escolha muito particular. Você pode se acomodar na famosa zona de conforto e cantar “deixa a vida me levar”, ou criar um roteiro para o filme da sua vida, com todos os caminhos que deseja trilhar e com a vida que sonha viver.
É conhecida a frase atribuída a Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Até agora eu escrevi sobre a possibilidade de determinarmos o nosso futuro e atrevo-me a supor que está começando a concordar comigo. Ficou mais fácil não é? Que nada, ai que a coisa pega. Como o papel aceita tudo no início de cada ano alguns fazem um belo planejamento, outros elaboram pelo menos uma lista de atividades e pensamentos para lá de positivos que vão começar a realizar. Promessas e mais promessas... Incluem, é lógico que obrigatoriamente, os quilos que querem perder, atividades físicas que agora farão com afinco, a poupança de parte de seus ganhos e mais um monte de eteceteras. Mas, parece que o inferno é aqui na terra, aqueles que panejaram o paraíso vão viver de acordo com suas escolhas. Ainda bem que este não é o seu caso, não é?
Para elucidar esta matéria, informo o planejamento que fiz para o ano de 2016: “Continuar escrevendo com minha ‘varinha mágica’ na certeza de ajudar amigos, conhecidos e estranhos, do mesmo modo que ajudo a mim mesma para ficar de bem com a vida, voltar às atividades mediúnicas no Centro Espírita Elo de Amor, em São Paulo, Brasil". Também realizar o sonho de conhecer Índia e Tibete, para vivenciar de perto a vida de tantas pessoas dedicadas à meditação, autoconhecimento e a prática da caridade e do amor ao próximo.
No entanto, no inicio de 2016, as chuvas intensas que atingiram a Cidade de Itatiba, São Paulo, Brasil, acabaram por impedir os meus planos, porque aumentaram as rachaduras no edifício onde eu residia e a força da chuva foi tanta que foi infiltrando no apartamento causando mofo atrás dos armários, prejudicando ainda mais a saúde dos meus olhos e as inflamações da artrite reumatoide.
Num determinado dia o temporal foi mais forte, invadindo um dos quartos, onde eu estava escrevendo e não consegui impedir aquela quantidade de água. Ao me deparar com a situação, tomei a decisão de mudar o mais rápido possível. Assim sendo, no dia seguinte sai em busca de outro imóvel.
Encontrei logo e providenciei a mudança. Mas devo confessar que o Amor de Deus por minha vida foi o grande presente que recebi. Porque no dia da mudança, um dos armários que fora atingido pela chuva despencou da parede caindo sobre a mesa onde eu ficava praticamente dia e noite escrevendo. Livrei-me graças à proteção espiritual.
Hoje, moro num apartamento mais seguro, bem localizado e consigo trabalhar dia e noite no silêncio e na concentração para poder escrever as matérias às quais são publicadas. Com muita alegria e felicidade dei início ao novo tempo da minha vida. No entanto, o meu organismo veio absorvendo o mofo, os fungos e respirando aquele ar contaminado, acabei levando, carregando tudo para a nova fase da vida.
Tudo organizado exatamente do jeitinho que sempre gostei no meu lar. Porém, a saúde a partir de junho, mais uma vez, fragilizada e até agora final de julho, estou me tratando de uma broncopneumonia, com alto grau de inflamação acusado nos exames de sangue e o tratamento com cuidados redobrados.
Minha vida – minha Fé! Minha vida indicando mudanças e caminhos para tratar cada dia como o mais feliz, o mais amado, o mais rico de possibilidades para alcançar entendimento sobre as aspirações da alma, da luz, do amor, sem nunca esmorecer. Sempre guardar o lema da vida por onde quer que eu vá: ajudar, amparar e obedecer às leis de Deus.
Transformações bem vindas!

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

segunda-feira, 18 de julho de 2016

MÉTODO PRÁTICO



Qual é o método mais prático de nos tornarmos espíritas: - o do estudo ou da assistência social?
Espiritismo é a equação dos problemas da alma. Se o espírita, porém, se detiver exclusivamente no campo das indagações intelectivas, terá da Doutrina dos Espíritos uma visão deformada, pelo unilateralismo de suas observações.
Permitindo-nos levantar o véu das questões angustiantes, a Doutrina não nos conclama a um ensaio literalista, sem maior expressão em nosso mundo. Leva-nos, isto sim, a nos espiritualizarmos, ajustando-nos à nossa natureza profunda e encaminhando-nos no rumo do Infinito.
Consideraríamos atitude pouco sensata a de quem se pusesse a estudar os cursos d´água; em seguida, edificasse grandes barragens e patrocinasse a execução de poderosas usinas hidroelétricas, mas que se negasse a utilizar a energia disciplinadora para acionar motores e iluminar os filamentos.
A mente disciplinada deve acionar e iluminar o mundo. Se o espírita, no entanto, se detiver no socorro dos desvalidos da fortuna, ofertando-lhes abrigo e pão, remédio e instrução, saúde e emprego, desocupando-se do saneamento da causa originária da penúria – que é o desequilíbrio espiritual em que estamos imersos - dentro em pouco transformaria a Doutrina numa extensa e admirável rede de construções de alvenaria, louvada pelo mundo, mas divorciada da realidade da vida eterna.
Consideraríamos atitude pouco sensata a de quem se pusesse a socorrer as vítimas da insalubridade, mobilizando recursos farmacêuticos e atenção de facultativos, investindo preciosos recursos em vacinas e na edificação hospitalar, organizando programas para juntar pouco a pouco, auxílios utilizando condições variadas, mas que se conservasse indiferente em anular a causa dos males e em sanear os pântanos e as regiões infectas.
Reunamos, pois, para nos tornarmos espíritas:
- A auto iluminação, consultando seriamente os livros do Espiritismo Cristão, a partir das obras básicas codificadas por Allan Kardec.
- O exercício caridoso no atendimento espiritual material e espiritual de quantos se façam carentes do amparo espírita-cristão.
A dolorosa realidade do nosso mundo reside no desequilíbrio entre a razão e sentimentos, entre o bem estar social e a absoluta penúria espiritual, entre a ciência comprometida pelo orgulho e a religião deserta de fé, entre as aspirações de domínio material do universo e a afetividade catalogada por complexo de inferioridade. Espiritismo não consagra esses desatinos. Sua ação renovadora – por isso tão dificilmente compreendida por nós, almas aprisionadas a velhos e arcaicos sistemas de lógica ditada pelo egoísmo – é a de iluminar a mente para movimentar o coração; de esclarecer o homem, para fazê-lo amar seu semelhante; de libertar a criatura de fantasias e fábulas, para provê-la com os elementos do bem.
A “Varinha Mágica” de Luíza Cony



NÃO PEQUES MAIS!


“Vai e não peques mais”. Jesus (João; 8:11)
A semente valiosa que não ajudas, pode perder-se. A árvore tenra que não proteges, permanece exposta à destruição. A fonte que não amparas, costuma secar. A água que não distribuis,  forma pântanos. A terra boa que não defendes, é asfixiada pela erva inútil. A enxada que não utilizas, cria ferrugem. As flores que não cultivas, nem sempre se repetem. O amigo que não conservas, foge do teu caminho. A medicação que não respeitas, na dosagem e na oportunidade que lhe dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico. Assim também é a Graça Divina. Se não guardas o favor do Alto, respeitando-o em ti mesmo, se não usas os conhecimentos elevados que recebes em benefício da própria felicidade, se não prezas a contribuição que te vem da Luz Divina, não te vale a dedicação dos Mensageiros Espirituais. Inutilmente improvisarão eles milagres de amor e paciência, na solução de teus problemas, porque, sem a adesão de tua vontade ao programa regenerativo, todas as medidas salvadoras resultarão imprestáveis.
“Vai e não peques mais”.
O ensinamento de Jesus é suficiente e expressivo. O Médico Divino proporciona a cura, mas se não a conservamos dentro de nós, ninguém poderá prever a extensão e as consequências de novos desequilíbrios que nos aviltarão a invigência.
Jesus ao curar os cegos, paralíticos, leprosos, ao afastar os espíritos que obsidiavam, sempre ao estabelecer a cura, repetia a recomendação: “Vai e não peques mais”. Era a parte que cabia ao “doente” fazer para que o benefício recebido fosse preservado.
Não entendemos que as nossas atitudes, pensamentos e palavras, ou seja, a nossa forma de ser, acarretam diversos males espirituais que, em sua grande maioria, se refletem no corpo físico, através de doenças. Entretanto, pela Misericórdia Divina, não estamos abandonados. Os Mensageiros Espirituais trabalharão para o nosso restabelecimento, mas, para que este benefício não se perca, precisamos nos reformar, fazer o esforço sincero para colocar em prática os ensinamentos de Jesus, pois só assim estaremos nos “vacinando” de outros males ainda piores.
Pratiquemos a caridade, a paciência e a tolerância para com o próximo, sejamos mais amáveis dentro da família, ofereçamos o ombro amigo para aqueles que querem desabafar os seus problemas.
Em resumo: Tornemo-nos mais humanos e menos distantes dos nossos semelhantes.
Somente praticando o Bem é que saberemos o que é ser Cristão, e assim, perpetuaremos todas as Bênçãos que vêm das Auras Celestes em nosso socorro.

A “Varina Mágica” de Luíza Cony


Conforme cita o dicionário, entende-se como Fé a confiança que se tem na realização de alguma coisa, para atingir determinado fim, ou a Fé que se tem em alguém ou em si próprio; fidelidade em honrar seus compromissos; lealdade; garantia; ter fé no futuro.
Filosoficamente, adotando-se o ponto de vista da escolástica (Escola Filosófica), a Fé é crença religiosa sem fundamento em argumentos racionais, embora, eventualmente, alcançando verdades compatíveis com aquelas obtidas por meio da razão.
Do ponto de vista religioso, a Fé é um sentimento inato que o homem possui da existência de Deus, bem como de sua própria trajetória evolutiva neste Planeta. Consiste, além da convicção no Supremo Arquiteto do Universo, na crença em dogmas especiais que quase todas as religiões adotam. A Fé, independentemente de religião, é confiança das criaturas em seus destinos, é o sentimento que as eleva à Infinita Potência da Divindade; é a certeza de estarem no caminho que vai ter à verdade.
A Fé esclarecida é foco poderoso que ilumina com brilhante luz a infinita estrada que todos nós temos a percorrer. A Fé religiosa pode ser raciocinada ou cega. A Fé cega é como farol cujo clarão não pode penetrar nem transpassar o nevoeiro. Nada examinando, a Fé cega aceita, sem verificação, tanto o falso quanto o verdadeiro, chocando-se, a cada passo, com a evidência e a razão, sem aceita-las.
Já a Fé religiosa, levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona. Somente a Fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada teme do progresso das luzes (ciências), dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é, à luz meridiana.
Há vários tipos de Fé: de ofício, pública, conjugal, patriótica, de citação, pérfida, falsa fé, artigo de fé, ato de fé, confissão de fé, profissão de fé, etc. em sentido moral, a confiança em suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, o que não consegue fazer quem duvida de si próprio.
A Fé robusta imprime perseverança e energia, obtendo-se os recursos que fazem com que se vençam os obstáculos pequenos ou grandes.
A Fé sincera e verdadeira é sempre calma, pois se apoia a inteligência e na compreensão das coisas para chegar ao objetivo visado.
Da Fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação, de que se aproveitam os adversários, tais como as dificuldades, resistências, má vontade, preconceitos, interesse material, egoísmo, fanatismo e paixões. A Fé vacilante não procura os meios de vencer porque não acredita que o possa conseguir.  Ela sente, de antemão, sua própria fraqueza.
A confiança na Fé da uma espécie de lucidez que permitir se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de lá chegar, dando a quem a possui a segurança necessária para a sua aspiração.
Não se deve confundir a Fé com a presunção, isto é, julgamentos baseados em indícios ou aparências. A Fé verdadeira atém-se à humildade. Aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, pois somos, independentemente de querermos ou não, simples instrumentos de Deus.
A Fé não se prescreve nem se impõem. Quando se fala das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular, a Fé se adquire e ninguém há que esteja impedido de possui-la, bastando procura-la sinceramente. As provas que propiciam a aquisição da Fé estão à nossa volta: da parte de uns, há descaso, da de outros, o temos de serem forçados a mudar de hábitos; da parte da maioria, há o orgulho, negando-se a reconhecer a existência de uma força superior, porque teria que se curvar diante dela.
Em certas pessoas, a Fé parece de algum modo inato; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de progresso anterior. Em outras, a Fé não está presente; são criaturas de natureza retardatária. As primeiras já creram e compreenderam; trazem, intuitivamente, o conhecimento. As segundas estão com o conhecimento por adquirir.
A Fé necessita que a inteligência apreenda perfeitamente aquilo em que se deve crer. E para crer, não basta ver, é preciso compreender. Os dogmas religiosos da Fé cega produzem, hoje, o maior número de incrédulos, porque, para se imporem, exigem a abdicação das maias preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. A Fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. Crê-se porque se tem certeza e tem-se certeza porque compreendeu. E, como diz Allan Kardec com respeito á Fe: - “Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da força que trazem consigo, e se quisessem pôr a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que até hoje chamais de prodígios e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas”.
A futura Fé, a que todos nós aspiramos e que já está emergindo das espessas sombras que ainda nos envolvem, não será nem católica, nem evangélica, nem mulçumana, nem budista, ou de qualquer outra crença religiosa; será, sim, a Crença Universal das Almas, aquela que reinará em todas as sociedades adiantadas do mundo e do espaço sideral, aquela que fará cessar o antagonismo que separa atualmente a ciência da religião, porque com ela, a ciência se tornará cada vez mais religiosa, assim como a religião se tornará cada vez mais cientifica.
Um só pensamento me vem neste final de texto: - “Não há Fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade”.


A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

sábado, 16 de julho de 2016

TERESA DE CALCUTÁ, CHICO DO BRASIL...


Ambos nasceram em 1910, ela, Teresa de Calcutá; ele, Chico de Pedro Leopoldo. Ela, uma mulher valente, ele, um homem corajoso. Ela, católica; ele, espírita; no entanto, ambos portavam-se como verdadeiros integrantes da Família Universal. Tinham muito mais em comum do que apenas o ano de nascimento. Seguiam o mesmo professor: Jesus. Tinham o mesmo sobrenome: Amor. Viveram para o mesmo objetivo: Servir.
Ela recebeu o prêmio Nobel da Paz; ele viveu pacificamente toda a vida. Teresa de Calcutá viveu para os menos favorecidos, queria ser pobre, nunca conseguiu, seu coração transbordava riquezas; a nobreza da generosidade, as pérolas da fraternidade, os diamantes da solidariedade. Dizia Teresa, em toda sua simplicidade que a felicidade humana é impossível de ser medida. Como controlar, em planilhas estatísticas, a felicidade de um faminto que encontra o alimento? Teresa tinha razão. Impossível medir a felicidade humana! Por isso, trabalhava sem estatísticas, mas em prol da felicidade e dignidade de seus irmãos de caminhada.
Chico Xavier, o Chico de Pedro Leopoldo, o mineiro do século, também queria ser pobre, sem sucesso. Doou os direitos autorais de seus mais de quatrocentos livros psicografados, que venderam e vendem milhares de exemplares em todo o mundo. Poderia ter polpuda conta bancária, no entanto, preferiu a simplicidade, mas nunca foi pobre: sua vida foi repleta de amigos dos dois planos. Chico era e será, onde estiver, um milionário, um magnata das letras, um ícone da humildade, um pobre de moedas, mas rico de amor...
Assim eram Teresa e Chico... franzinos fisicamente, mas colossais, espiritualmente. Narram as páginas da literatura que quem se aproximava de Teresa, Madre Teresa de Calcutá, não conseguia conter a emoção, devido a irradiação de sua serenidade e sua intensa energia espiritual. O que a literatura diz de Teresa, se reafirma com Chico. Aqueles que gozaram de sua convivência afirmam que sua presença iluminava, acalmava, tranquilizava...
Chico e Teresa. Teresa e Chico... é como se falássemos de amigos: “Oi Teresa!” “Bom dia, Chico!” Falar deles, de suas conquistas, realizações e aventuras é como falar de amigos, porque com os amigos não há barreiras, não há inquietações, inexistem constrangimentos. Os amigos deixam-nos à vontade; sinto-me, pois, à vontade para escrever sore Teresa e Chico, os quais considero amigos, amigos do mundo, dos ricos, dos pobres, dos brasileiros, indianos, nigerianos, amigos de todos...
Teresa e Chico: duas figuras que praticavam o amor deixaram marcas inesquecíveis e indeléveis, a nos convidar para, dentro de nossas possibilidades, obviamente, viver como eles, servindo e amando para a construção de um mundo fraterno e justo. Pensemos nisso.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

domingo, 10 de julho de 2016

EGOÍSMO


“Egoísmo é o amor exagerado aos próprios valores e interesses, a despeito dos de outrem; é um exclusivismo que leva uma pessoa a se tornar como referência a tudo; vaidade excessiva, pretensão, orgulho, presunção”.
- O egoísmo é – como o orgulho – um dos vícios e uma das chagas mais radicais da Humanidade, isto –é, a de mais difícil erradicação, dele derivando todo o mal que aflige a sociedade.
- O egoísmo se funda sobre a importância que cada um dá à sua personalidade.
- O egoísmo se prende à influência da matéria, da qual o homem, muito próximo de sua origem, não pode se libertar e essa influência prejudica, enormemente, suas leis, sua organização social e sua educação.
- O egoísmo é incompatível com a Justiça, o Amor e a Caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.
- O egoísmo é um mal que recai sobre todo o mundo e do qual cada um é, mais ou menos, vítima.
- O egoísmo, para ser extirpado, deve ser atacado em sua raiz e destruída a sua causa. Somente será destruído, ou atenuado, na medida em que o homem for se esclarecendo sobre os assuntos espirituais, quando der menos valor às coisas materiais, quando a vida moral predominar sobre a vida material. Isto se fará com a reforma das instituições humanas, com reflexos em sua educação. Não a educação que faz homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem.
- O egoísmo se prende à inferioridade dos espíritos encarnados na Terra e não à humanidade em si mesma. Os espíritos vão se depurando pelas encarnações sucessivas, perdendo o egoísmo, como também, outras impurezas do caráter.  Não vemos, na Terra, seres desprovidos do egoísmo e praticando a caridade? São seres que já evoluíram. Se existem alguns, por que não existiriam cem mil? Conhecemos muito poucos desses seres, porque a virtude deles não os deixa se colocarem em evidência. E, quando acontece, a mídia não explora, não dá ibope, como dizem.
- O egoísmo – parece – longe de diminuir, aumenta com a civilização que o excita. Quando o mesmo estiver em níveis insuportáveis, virá a necessidade de extirpá-lo. É o que está começando a se esboçar, ainda de maneira bastante fraca, nos organismos internacionais, com os desníveis clamorosamente apresentados entre países ricos do Ocidente e os pobres e miseráveis da África.
Quando os homens estiverem se despojando do egoísmo que os domina, eles viverão como irmãos, não se combatendo mais, procurando ajudar-se reciprocamente, com aplicação do sentimento de solidariedade mútua. E, aí, teremos uma nova humanidade, onde o forte será o apoio do fraco, não se constatando mais o homem sofrer necessidades físicas e sanitárias mínimas de sobrevivência porque então, todos, ou quase todos, estarão praticando a Lei da Justiça.
É preciso combater o egoísmo como se combate uma doença epidêmica: ir á fonte. “Que se procurem, pois, em todas as partes do organismo social, desde a família até os povos, desde a cabana até o palácio, todas as causas, todas as influências, patentes ou ocultas, que excitam, entretêm e desenvolvem o sentimento do egoísmo. Uma vez conhecidas as causas, o  remédio se mostrará por si mesmo. Não se tratará senão de combatê-las, senão todas de uma vez, pelo menos parcialmente e, pouco a pouco, o veneno será extirpado. A cura poderá ser demorada, porque as causas são numerosas, mas não é impossível”.
E isto somente será possível pela educação, pois esta, se bem entendida, é a chave do progresso moral.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony


OPORTUNIDADES E LIÇÕES


Entre os que se matriculam na escola terrena, envergando o complexo uniforme orgânico, como que se nivelando no ambiente comum, encontramos:

  • Os que oram em silêncio, pelos seus desafetos gratuitos;
  •  Os que realizam a sua própria reforma íntima, apagando defeitos que traziam de longas eras;
  • Os que não se comprazem com o mundo abandonando hábitos e vícios tidos por elegantes e que são apenas deficiências de caráter;
  • Os que se deixam abater pelas visitas das provações e expiações lancinantes;
  • Os que apagam, discretamente, as lágrimas dos próprios olhos quando se defrontam com as dores dos seus semelhantes, mas nunca passam a largo do sofrimento e sabem, sempre, oferecer o seu apoio silencioso;
  • Os que amam, sem alardear o próprio sentimento, e traçam roteiros luminosos com os seus exemplos, socorrendo os que servem à retaguarda;
  • Os que oferecem o pão ao faminto e não se eximem de ofertar-lhes a luz da orientação que lhes promoverá o reequilíbrio indispensável;
  •  Os que entregam as suas horas de lazer, no socorro ao semelhante;
  •  Os que sustentam conversação edificante, mesmo quando convocados às finalidades deste mundo, sem, contudo, levar constrangimento a quantos os cercam...

Esses, evidentemente, não estarão isentos de cometer enganos, no curso de sua caminhada. Poderão, inclusive, repetir-se nas pequenas falhas de suas anteriores existências. Não, são, portanto, Anjos os Espíritos Puros, na expressão sublime do termo. Mas são, embora os seus raros enganos, Bons Espíritos morando  entre nós, cuja esteira luminosa, poderemos tomar o rumo da esperança, edificando os primeiros fundamentos do Reino de Deus em nossa Alma. Procuremos identifica-los no cotidiano. Debaixo da roupagem de um homem vulgar, descobriremos esses traços inconfundíveis, onde lampejam os clarões do próprio Mestre Jesus, e, desse momento em diante, deveremos ampará-los e segui-los, dignificando-nos na sua companhia.

A “Varinha Mágica “ de Luíza Cony


O AMOR


Esse tema serve de balizamento para o nosso progresso moral e espiritual. Peço licença, a vocês, para falar desse assunto de extrema importância que, por motivos vários, estamos deixando passar despercebido, muitas vezes banalizando-o, confundindo-o com outros sentimentos, causando em nós o entorpecimento e a cegueira, atravancando a nossa caminhada em direção à luz.
O Amor é o sentimento mais nobre e puro por excelência porque vem de Deus. Só o Amor conduz o ser humano a um alto padrão vibratório e “cobre a multidão de pecados”, como já foi dito. Lembremo-nos de Jesus e o quanto era grande o seu Amor por nós e ainda o é. Não nos apeguemos à figura do Mestre, preso à cruz, dando-nos a impressão de sofrimento e dor; devemos, sim, visualizar sua fisionomia serena, radiante, no seu olhar compassivo e penetrante como se fosse um farol a iluminar a nossa estrada.
Jesus nos ensinou, através de Seus exemplos, como, quando, e porque, nós devemos amar. Simplificou a vida em duas atitudes: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
Sabemos que seguir as pegadas do divino Mestre não é nada fácil, requer vontade firme no propósito desejado. Para que possamos seguir Jesus é necessário que mudemos de atitudes. Que deixemos de lado os velhos costumes. Tarefa árdua, mas não impossível. Não precisamos usar de violência para tal, apenas fazermos bom uso da inteligência, da razão. Devemos valorizar mais o nosso lado espiritual, que o mais virá por acréscimo.
Nesta hora e  a cada momento, peçamos a Deus, a força e a coragem para atravessarmos o imenso mar da vida, sem que venhamos a naufragar. Se a dor por hora nos assola, lembremo-nos de Jesus que cura e consola. Guardemos a certeza de que nunca estaremos sozinhos, pois Deus está no controle.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

O AMOR DA CIÊNCIA NÃO BASTA É INDISPENSÁVEL A CIÊNCIA DO AMOR



O Espiritismo, por uns considerado perigoso, por outros vulgar e pueril, quase só é conhecido pelo povo sob seus aspectos inferiores. São os fenômenos mais materiais que atraem de preferência a atenção e provocam apreciações desfavoráveis. Esse estado de coisas é devido aos terroristas e vulgarizadores que, vendo no Espiritismo uma ciência puramente experimental, descuram ou repelem por sistema, algumas vezes com desdém, os meios de cultivo e elevação mental indispensáveis para se produzirem manifestações verdadeiramente imponentes entre o estado físico vibratório dos experimentadores e o dos Espíritos suscetíveis de produzir fenômenos de grande alcance, e nada se faz no sentido de atenuar essas diferenças. Daí a penúria de altas manifestações comparadas á abundância dos fenômenos vulgares.
O resultado é que inúmeros críticos, só conhecendo da questão a sua face terra a terra, constantemente acusam os espíritas de renome mundial, de edificarem sobre os fatos mesquinhos uma doutrina demasiada ampla. Mais familiarizados com o aspecto transcendente do espiritismo reconhecem que esses espíritas nada exageram; ao contrário, tem se conservado abaixo da verdade. Quaisquer que sejam as relutâncias dos teóricos positivistas e “anti-místicos”, forçoso será ter em conta as indicações dos homens competentes, sem o que viria a fazer-se do Espiritismo misera ciência, cheia de obscuridades e perigosa para os investigadores.
O amor da ciência não basta, é indispensável a ciência do amor. Vale ressaltar aqui, o brilhante sentimento religioso e necessidade de o cientista Albert Einstein (1879-1955) ter amor intelectual de Deus. Autor das seguintes frases: “Sustento que a religiosidade cósmica é a fonte mais forte e mais nobre de pesquisa científica”. Só quem pode avaliar os esforços enormes e, sobretudo, o devotamento, sem o qual as criações científicas que abrem novos caminhos não poderiam ser realizadas, está em condições de apreciar a força do sentimento que, sozinho, pode dar nascimento a um tal trabalho, desligado da vida prática imediata. (...) “Em nossa época materialista, os trabalhadores científicos sérios são os únicos homens que se conservam profundamente religiosos. (...) Não posso conceber um cientista sem uma fé profunda. A ciência sem religião é manca, a religião sem ciência é cega”.
Nos fenômenos, não temos que nos deter unicamente com elementos físicos, mas com agentes espirituais, com entidades morais, que, como nós, pensam, amam, sofrem. Nas profundezas invisíveis, a imensa hierarquia das almas se desdobra, das mais obscuras às mais radiosas. De nós depende atrair umas e afastar as outras. O único meio consiste em criarmos em nós, por nossos pensamentos e atos, um foco irradiador de luz e de pureza. Toda comunhão é obra do pensamento. O pensamento é a própria essência da vida espiritual. É força que vibra com intensidade crescente, à medida que a alma se eleva, do ser inferior ao espírito puro e do espírito puro de Deus.
As vibrações dos pensamentos se propagam através do espaço e sobre nós atraem pensamentos e vibrações similares. Se compreendermos a natureza e a extensão dessa força, não alimentaríamos senão altos e nobres pensamentos. Mas o homem venera ainda, como ignora as imensas capacidades desse pensamento criador e  fecundo que nele dormita e com o qual poderia renovar o mundo.
Em nossa fraqueza e inconsciência, atraímos na maior parte das vezes, espíritos maus, cujas sugestões nos perturbam. É assim que a comunicação espiritual em consequência de nossa inferioridade se obscurece e desvirtua; fluidos corrompidos se espalham pela Terra, e a luta entre o bem e o mal se empenha no mundo oculto como no mundo material.
Na atração dos pensamentos e das almas consiste integralmente a lei das manifestações psíquicas. Tudo é afinidade e analogia do invisível. Investigadores que sondais o segredo das trevas elevai bem alto os pensamentos, a  fim de atrairdes os gênios inspiradores, as forças do bem e do belo. Elevai-vos, não somente nas horas de estudos e experiências, mas frequentemente, a todas as horas do dia, como um exercício regenerador e salutar. Não esqueçais que são esses pensamentos que vão lentamente eterizando e purificando o nosso ser, engrandecendo as nossas faculdades e tornando-os aptos a experimentar as mais delicadas sensações, fonte de nossa felicidade futura.
A “Varinha Mágica” de Luíza Cony


ESTUDOS E PALESTRAS


A Doutrina Espírita foi organizada por Allan Kardec no século XIX, a partir da observação de um ato corriqueiro, que acontecia normalmente em ocasiões de festas e reuniões sociais: a “brincadeira” das mesas girantes, onde Espíritos se comunicavam de uma forma rudimentar.
Allan Kardec, com um senso de observação aguçado, decide analisar o fenômeno estudando o seu verdadeiro significado.
Atualmente, passados todos estes anos, as casas espíritas poderiam usar os mesmos métodos que Kardec, observando mais atentamente as ocorrências “modernas” e aproveitá-las para estudos e palestras. Trazer os assuntos atuais para as reuniões de estudos, os palestrantes abordando temas atuais e que envolvem o dia a dia dos ouvintes; utilização de métodos modernos de estudo; tudo isto pode e deve ser usado, pois a Doutrina Espírita deve caminhar junto com a época em que ela atua.
A própria ideia de “palestrante” e “ouvinte” já começa a ficar ultrapassada. Se todos somos aprendizes, por que uma pessoa sozinha fala e os outros ficam calados ouvindo? Muitos são os palestrantes que resistem à ideia de que os ouvintes participem, dando a sua opinião, fazendo perguntas e até discordando de algum ponto de vista.
E os temas a serem discutidos? Porque não abordar temas atuais que estão afetando a vida de todos tais como a perseverança da família no tratamento do viciado, os efeitos do álcool no volante, a nova organização ou desorganização da família, causas e efeitos da educação moderna – no comportamento dos jovens? Todos estes temas estudados à Luz da Doutrina Espírita se transformam em alimento espiritual para os ouvintes e maiores interessados em se fortalecer para agir de uma maneira nova, com um novo ponto de vista. Se Jesus ia para as praças, campos e ruas pregar a Boa Nova, é porque nestes lugares a vida ocorria com todos os fatos que serviam de exemplo para um novo ensinamento. Por que não fazemos o mesmo, trazendo os ensinamentos de Jesus para mais perto das pessoas?
Não podemos deixar que a doutrina Espírita se distancie das pessoas, principalmente das mais simples. Temos que esclarecer a todos que a doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus têm o mesmo teor e que ambos devem estar presentes em nosso dia a dia, no convívio diário com o nosso semelhante.
Devemos esclarecer às pessoas que Deus e Jesus estão bem próximos de todos, deixando de lado algum tipo de orgulho ou superioridade, como bem nos exemplificou Kardec, Chico Xavier e tantos outros Missionários que levaram a Doutrina Espírita na sua beleza, simplicidade e amor sem fronteiras.


A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

sexta-feira, 8 de julho de 2016

O ANSEIO DE FELICIDADE QUE SENTIMOS



Somos felizes. Os que se dizem infelizes procuram a felicidade em coisas exteriores. Durante as 24 horas do dia, muitas coisas boas acontecem. Mas quando se espera que somente coisas materiais ocorram, tem-se como prêmio a decepção. O desapontamento de muitos com relação à felicidade, desapontamento que tem gerado incredulidade e pessimismo, origina-se de a terem procurado no exterior, onde ela não está; origina-se ainda de a suporem dependendo de condições e circunstâncias externas, quando todo o seu segredo está em nosso foro íntimo, nos labirintos profundos do nosso ser.
O problema da felicidade é de natureza espiritual. Circunscrito à esfera puramente material, jamais o homem o resolverá. O anseio que todos sentimos vem do espírito, são protestos de uma voz interior.
A felicidade consiste em contentar-se com o que se tem. Quando o rico usa de meios ilícitos para ter mais do que tem, ou quando o pobre usa desses meios para conseguir aquilo que nunca teve ou que não tem, as consequências são igualmente danosas. Com isso, não se deduza que o homem deva agir como um expectador passivo. Muito pelo contrário. Ser for rico, deve trabalhar para a aplicação da riqueza em favor do bem comum; se for pobre deve agir resignadamente, sem contudo, confundir resignação com conformação.
Deus deu ao homem, mais do que ao animal, o desejo constante de se melhorar. É isso que o impulsiona em busca dos meios de galgar degraus cada vez mais altos. É graças ao trabalho útil que a inteligência humana se desenvolve e a moral se depura. E como as necessidades do corpo, o homem passa da selvageria à civilização.
O item 3 do Capítulo XXV – Buscai e achareis – do Livro – O Evangelho Segundo o Espiritismo – complementa maravilhosamente esta questão: - “Se Deus tivesse liberado o homem do trabalho físico, seus membros seriam atrofiados; se o livrasse do trabalho intelectual, seu espírito permaneceria na infância, nas condições instintivas do animal. Eis porque Deus fez do trabalho uma necessidade, e lhe disse: Buscai e Acharás; trabalha e produzirás; e desta maneira serás o filho das tuas obras; terás mérito da sua realização e serás recompensado segundo o que tiverdes feito”.
O descanso é um prazer após o trabalho; sem este, que significado tem aquele? Assim a felicidade. Ela representa o fruto de muitos labores, de muitas discussões e de difíceis lutas. Vencer é alcançar a felicidade. Podemos, acaso conceber vitória sem batalharmos? Quanto mais árdua é a batalha, maior será a vitória, mais saborosos os seus frutos, mais magníficos os seus louros.
O Evangelho de João (10:10) registra estas palavras de Jesus: “O ladrão não vem senão roubar, a matar e a destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”.
A verdadeira vida sempre cheia de alegria; é um dia sem declínio, um sol sem ocaso. O céu é a região da Luz Perpétua. A ele não iremos pela estrada ensombrada de tristezas, luto e melancolia. O caminho que conduz a felicidade, resolvendo os problemas da vida é estreito; não é escuro, nem sombrio. Estreito, no caso, significa difícil, mas não lúgubre.
A alegria de viver nasce do otimismo, o otimismo nasce da fé. Sem fé ninguém pode ser feliz. Sem fé e sem amor não há felicidade.
Diz o item 20 capítulo V (Bem  aventurados os aflitos) do Livro – O Evangelho Segundo o Espiritismo”: Aquilo em que consiste a felicidade terrena é de tal maneira efêmera, para quem não se guiar pela sabedoria, que por um ano, um mês, uma semana de completa satisfação, todo o resto da existência se passa numa sequência de amarguras e decepções. E notai meus caros filhos, que estou falando dos felizes da Terra, desses que são invejados pelas massas populares”.
Nosso Irmão e mentor Abel Monsenhor nos diz em uma de suas mensagens: “Como a educação da alma é o senso da vida, importa resumir seus preceitos em palavras: aumentar tudo quanto for intelectual e elevado. Lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos. Iniciar seus semelhantes nos esplendores do verdadeiro e do divino. Amar a verdade e a justiça, praticar para com todos a caridade, a benevolência, tal é o segredo da felicidade, tal é o dever, tal é a relação que o Cristo legou à humanidade. E a doutrina Espírita facilita ao homem o entendimento para receber em si a felicidade”.

A “Varinha Mágica “ de Luíza Cony

“ALEGRAI-VOS, PORQUE OS VOSSOS NOMES ESTÃO ESCRITOS NO LIVRO DA VIDA ETERNA”



Certo dia, regressaram os discípulos de Jesus de uma excursão apostólica e referiram ao mestre, cheios de jubiloso entusiasmo, que os próprios demônios lhes estavam sujeitos. O Mestre, porém, replicou calmamente: “Não vos alegreis pelo fato de que os demônios vos estão sujeitos; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos no livro da vida eterna”. Com outras palavras: O alvo principal do apostolado não está nos resultados visíveis da atividade externa, mas sim na invisível realidade da santidade interna. – SER É MAIS IMPORTANTE QUE FAZER.
Até os dias atuais são em mais numerosos os homens que põem maior ênfase nas atividades externas do que na atitude interna; dificilmente compreendem que esta é a mais importante do que aquelas.
A atividade social não tem valor autônomo em si mesma, se não brotar da atividade mística do homem. Pouco importa, e muitíssimo, é o que o homem é. Podem os trabalhos de Maria ser bons e louváveis em si mesmos, mas se não forem o natural eflúvio e a  manifestação espontânea da atitude interna de Maria são outros tantos zeros, pequenos e grandes, cuja soma ou produto será igual a zero.
1 – Essas atividades, facilmente, embalam seu autor numa falsa segurança, criando nele uma complacente auto suficiência, em face dos resultados colhidos, impedindo-o de passar para além daquilo que já realizou, ou julga ter realizado. Essa  suave autoilusao e complacente suficiência é o maior desastre espiritual para o homem externamente ativo e internamente passivo, porque o faz entrar numa zona de estagnação espiritual. Ai do homem plenamente satisfeito com seus trabalhos externos!
O único fator que pode preludiar a sua redenção é uma profunda insatisfação consigo mesmo – incomparavelmente mais importante que os mais gloriosos trabalhos no plano horizontal é a intensificação do ser vertical. Pouco vale o fazer, o dizer e o ter no mundo dos objetivos quantitativos, se no mundo do sujeito qualitativo não existir um profundo ser.
2 – O segundo perigo está em que esse homem exteriorizado julgue influir sobre seus semelhantes com o que faz e diz – quando é impossível promover a verdadeira conversão de outrem se eu mesmo não sou um genuíno e autêntico convertido, isto é, um homem intimamente unido a Deus. Só o meu Ser é que pode influir sobre o ser de outros; mas se o meu Ser é fraco não poderia dar força aos fracos. Só um poderoso positivo é que pode atuar sobre os negativos em derredor! Se eu mesmo não for 100% positivo, por uma intensa e profunda experiência de Deus, não poderei exercer influência real sobre os outros, igualmente negativos. Podem os meus ouvintes ou leitores admirar-me, sim, e aplaudir-me; mas não se sentirão com forças para abandonarem o mundo noturno das suas misérias morais e entrar no mundo diurno da virtude e santidade, porque não veem esse mundo concretizado em minha pessoa. E mesmo no caso favorável que julgassem esse mundo divino realizado em mim, não se converteriam realmente a Deus, pois não são as aparências que atuam, mas sim a realidade, realidade essa, que, nesse caso, estaria ausente em mim. Posso sim, dizer mil vezes, com grande eloquência, que esse  mundo do espírito é grandioso e belo, e os leitores e ouvintes, na melhor das hipóteses crerão nas minhas palavras – mas do Crer ao Ser vai distância enorme.
Crer – é uma teoria longínqua e vaga – Ser – é uma realidade propínqua e forte. É dificílima a transição do Crer para o Ser, e se ninguém vir esse ser concretizado numa pessoa humana, dificilmente passará a encarnar o seu longínquo Crer num propínquo Ser, isto é, não se converterá porque não me convertido. O convertido é aquele que pode, em verdade dizer: “Eu e o Pai somos um”. Já não sou eu que vivo, o Cristo é que vive em mim”.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

SOMOS ESPÍRITOS MILENARES


Lembremo-nos que permanecem hoje, conosco, as sombras que trazemos de ontem para a regeneração do nosso próprio destino. Desde o ato de nossa criação, até ontem, viemos juntando sombras pelo nosso caminho, de diferentes formas. São os rancores e ódios que não soubemos controlar e deixamos fermentar em nosso Espírito e, como nos diz o evangelho – “um pouco de fermento leveda a massa toda.”
Devemos fazer uma análise sincera de como somos verdadeiramente. Quais são os nossos defeitos, de que forma tratamos aqueles que nos rodeiam, quais são as nossas culpas por tudo o que acontece à nossa volta. Quando nos conhecermos de verdade, poderemos começar a trabalhar a nossa própria modificação. Isto demanda coragem! Não consideremos nossos problemas como empecilhos para a nossa caminhada, vamos eleger os problemas à condição de combustível para o nosso progresso.
Se a cada obstáculo com que nos defrontarmos, colocarmos todo o nosso empenho para ultrapassá-lo, estaremos em atividade, aprendendo e progredindo. E quando estes obstáculos se situarem no campo moral, quais sejam, o egoísmo, o orgulho e a vaidade, dentre outros, ao superarmos, estaremos evoluindo espiritualmente.
As sombras que nos cercam e que carregamos dentro de nós – são: o berço menos feliz em que renascemos; o corpo enfermo que nos serve de residência, campo atormentado da consanguinidade incompreensiva em que experimentamos angústias e solidão; o posto social apagado e triste, nos recomendando humildade; o carinho recusado pela deserção de quantos nos mereciam afetividade e confiança; o esposo difícil; a companheira complicada; os filhos que se desvairam nos labirintos da ingratidão; os amigos que fogem; o trabalho de sacrifício, em desacordo com as próprias aspirações; e, sobretudo, a insatisfação na própria alma; denunciando-nos os desajustes da consciência.
Aqui mencionamos todas as sombras que nos cercam e quais são as que carregamos dentro de nós e que mais pesam e nos pedem maior atenção, senão as nossas relações familiares. Desde que reencarnamos, lutamos por vencer os obstáculos que nos são apresentados. A família que nos acolhe nem sempre é formada por seres angelicais, mas precisamos aprender a conviver com aqueles a quem Deus nos oferece a oportunidade para refazer os laços de amor. O corpo físico no qual renascemos, hoje se apresenta sob a manifestação desta ou aquela enfermidade, por culpa dos nossos abusos das mais diferentes ordens. Todas essas “sombras”, que semeamos durante séculos, hoje compartilham conosco para que possamos, através da Luz do Evangelho de Jesus, iluminar a todos, mas, principalmente, o nosso interior com tolerância, paciência e respeito vividos.
“À frente de semelhantes sinais, unge-te de coragem e escuda-te na paciência incansável, oferecendo o bem pelo mal para que a Luz vença a treva em teu caminho, porque se a evolução pede esforço, a redenção exige renúncia, se quisermos fitar novamente o sol do pensamento tranquilo”. Precisamos nos utilizar da alavanca da coragem de servir e viver, para que jamais desanimemos diante das lutas e provas, pois elas são necessárias para o nosso melhoramento próprio. Devemos perseverar sempre, espalhando o bem a todos aqueles que nos rodeiam, principalmente para aqueles que mais nos reclamam a atenção através dos seus desequilíbrios, porque só assim iluminaremos os caminhos deles, mas, também o nosso. O que Deus nos pede é o esforço da renúncia dos nossos instintos e que desenvolvamos o sentimento de amor, uns para com os outros. Só assim conseguiremos a tão falada consciência tranquila.
Lembremo-nos de que a dificuldade de agora é o progresso pelo qual fomos envolvendo os nossos erros do passado com várias camadas de orgulho e, hoje,  rogamos entendimento e bondade, pois encontramos dificuldades de remover estas camadas e eliminar os erros, para que a alegria e a vitória venham nos felicitar depois.
Jesus nos recomendou que seguíssemos os Seus exemplos de amor ao próximo, pois assim, o fardo se tornaria leve. Todas as dificuldades que encontramos em nossa vida decorrem de nossa própria teimosia em permanecer nos erros que nos trazem tanta infelicidade e sofrimento, mas quão grande é a felicidade daquele que se reconcilia com alguém que esta afastado por rancor ou ódio. É mais um irmão que pode ser contatado como companheiro.
Esta é a alegria prometida por Jesus, a alegria espiritual! Trabalhemos com paciência, resignação e coragem, e, certamente conseguiremos, um dia, abraçar aquele familiar difícil ou aquele companheiro afastado, numa união fraternal.
A “Varinha Mágica” – de Luíza Cony