domingo, 10 de julho de 2016

EGOÍSMO


“Egoísmo é o amor exagerado aos próprios valores e interesses, a despeito dos de outrem; é um exclusivismo que leva uma pessoa a se tornar como referência a tudo; vaidade excessiva, pretensão, orgulho, presunção”.
- O egoísmo é – como o orgulho – um dos vícios e uma das chagas mais radicais da Humanidade, isto –é, a de mais difícil erradicação, dele derivando todo o mal que aflige a sociedade.
- O egoísmo se funda sobre a importância que cada um dá à sua personalidade.
- O egoísmo se prende à influência da matéria, da qual o homem, muito próximo de sua origem, não pode se libertar e essa influência prejudica, enormemente, suas leis, sua organização social e sua educação.
- O egoísmo é incompatível com a Justiça, o Amor e a Caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.
- O egoísmo é um mal que recai sobre todo o mundo e do qual cada um é, mais ou menos, vítima.
- O egoísmo, para ser extirpado, deve ser atacado em sua raiz e destruída a sua causa. Somente será destruído, ou atenuado, na medida em que o homem for se esclarecendo sobre os assuntos espirituais, quando der menos valor às coisas materiais, quando a vida moral predominar sobre a vida material. Isto se fará com a reforma das instituições humanas, com reflexos em sua educação. Não a educação que faz homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem.
- O egoísmo se prende à inferioridade dos espíritos encarnados na Terra e não à humanidade em si mesma. Os espíritos vão se depurando pelas encarnações sucessivas, perdendo o egoísmo, como também, outras impurezas do caráter.  Não vemos, na Terra, seres desprovidos do egoísmo e praticando a caridade? São seres que já evoluíram. Se existem alguns, por que não existiriam cem mil? Conhecemos muito poucos desses seres, porque a virtude deles não os deixa se colocarem em evidência. E, quando acontece, a mídia não explora, não dá ibope, como dizem.
- O egoísmo – parece – longe de diminuir, aumenta com a civilização que o excita. Quando o mesmo estiver em níveis insuportáveis, virá a necessidade de extirpá-lo. É o que está começando a se esboçar, ainda de maneira bastante fraca, nos organismos internacionais, com os desníveis clamorosamente apresentados entre países ricos do Ocidente e os pobres e miseráveis da África.
Quando os homens estiverem se despojando do egoísmo que os domina, eles viverão como irmãos, não se combatendo mais, procurando ajudar-se reciprocamente, com aplicação do sentimento de solidariedade mútua. E, aí, teremos uma nova humanidade, onde o forte será o apoio do fraco, não se constatando mais o homem sofrer necessidades físicas e sanitárias mínimas de sobrevivência porque então, todos, ou quase todos, estarão praticando a Lei da Justiça.
É preciso combater o egoísmo como se combate uma doença epidêmica: ir á fonte. “Que se procurem, pois, em todas as partes do organismo social, desde a família até os povos, desde a cabana até o palácio, todas as causas, todas as influências, patentes ou ocultas, que excitam, entretêm e desenvolvem o sentimento do egoísmo. Uma vez conhecidas as causas, o  remédio se mostrará por si mesmo. Não se tratará senão de combatê-las, senão todas de uma vez, pelo menos parcialmente e, pouco a pouco, o veneno será extirpado. A cura poderá ser demorada, porque as causas são numerosas, mas não é impossível”.
E isto somente será possível pela educação, pois esta, se bem entendida, é a chave do progresso moral.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony


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