domingo, 10 de julho de 2016

O AMOR DA CIÊNCIA NÃO BASTA É INDISPENSÁVEL A CIÊNCIA DO AMOR



O Espiritismo, por uns considerado perigoso, por outros vulgar e pueril, quase só é conhecido pelo povo sob seus aspectos inferiores. São os fenômenos mais materiais que atraem de preferência a atenção e provocam apreciações desfavoráveis. Esse estado de coisas é devido aos terroristas e vulgarizadores que, vendo no Espiritismo uma ciência puramente experimental, descuram ou repelem por sistema, algumas vezes com desdém, os meios de cultivo e elevação mental indispensáveis para se produzirem manifestações verdadeiramente imponentes entre o estado físico vibratório dos experimentadores e o dos Espíritos suscetíveis de produzir fenômenos de grande alcance, e nada se faz no sentido de atenuar essas diferenças. Daí a penúria de altas manifestações comparadas á abundância dos fenômenos vulgares.
O resultado é que inúmeros críticos, só conhecendo da questão a sua face terra a terra, constantemente acusam os espíritas de renome mundial, de edificarem sobre os fatos mesquinhos uma doutrina demasiada ampla. Mais familiarizados com o aspecto transcendente do espiritismo reconhecem que esses espíritas nada exageram; ao contrário, tem se conservado abaixo da verdade. Quaisquer que sejam as relutâncias dos teóricos positivistas e “anti-místicos”, forçoso será ter em conta as indicações dos homens competentes, sem o que viria a fazer-se do Espiritismo misera ciência, cheia de obscuridades e perigosa para os investigadores.
O amor da ciência não basta, é indispensável a ciência do amor. Vale ressaltar aqui, o brilhante sentimento religioso e necessidade de o cientista Albert Einstein (1879-1955) ter amor intelectual de Deus. Autor das seguintes frases: “Sustento que a religiosidade cósmica é a fonte mais forte e mais nobre de pesquisa científica”. Só quem pode avaliar os esforços enormes e, sobretudo, o devotamento, sem o qual as criações científicas que abrem novos caminhos não poderiam ser realizadas, está em condições de apreciar a força do sentimento que, sozinho, pode dar nascimento a um tal trabalho, desligado da vida prática imediata. (...) “Em nossa época materialista, os trabalhadores científicos sérios são os únicos homens que se conservam profundamente religiosos. (...) Não posso conceber um cientista sem uma fé profunda. A ciência sem religião é manca, a religião sem ciência é cega”.
Nos fenômenos, não temos que nos deter unicamente com elementos físicos, mas com agentes espirituais, com entidades morais, que, como nós, pensam, amam, sofrem. Nas profundezas invisíveis, a imensa hierarquia das almas se desdobra, das mais obscuras às mais radiosas. De nós depende atrair umas e afastar as outras. O único meio consiste em criarmos em nós, por nossos pensamentos e atos, um foco irradiador de luz e de pureza. Toda comunhão é obra do pensamento. O pensamento é a própria essência da vida espiritual. É força que vibra com intensidade crescente, à medida que a alma se eleva, do ser inferior ao espírito puro e do espírito puro de Deus.
As vibrações dos pensamentos se propagam através do espaço e sobre nós atraem pensamentos e vibrações similares. Se compreendermos a natureza e a extensão dessa força, não alimentaríamos senão altos e nobres pensamentos. Mas o homem venera ainda, como ignora as imensas capacidades desse pensamento criador e  fecundo que nele dormita e com o qual poderia renovar o mundo.
Em nossa fraqueza e inconsciência, atraímos na maior parte das vezes, espíritos maus, cujas sugestões nos perturbam. É assim que a comunicação espiritual em consequência de nossa inferioridade se obscurece e desvirtua; fluidos corrompidos se espalham pela Terra, e a luta entre o bem e o mal se empenha no mundo oculto como no mundo material.
Na atração dos pensamentos e das almas consiste integralmente a lei das manifestações psíquicas. Tudo é afinidade e analogia do invisível. Investigadores que sondais o segredo das trevas elevai bem alto os pensamentos, a  fim de atrairdes os gênios inspiradores, as forças do bem e do belo. Elevai-vos, não somente nas horas de estudos e experiências, mas frequentemente, a todas as horas do dia, como um exercício regenerador e salutar. Não esqueçais que são esses pensamentos que vão lentamente eterizando e purificando o nosso ser, engrandecendo as nossas faculdades e tornando-os aptos a experimentar as mais delicadas sensações, fonte de nossa felicidade futura.
A “Varinha Mágica” de Luíza Cony


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