sexta-feira, 8 de julho de 2016

O ANSEIO DE FELICIDADE QUE SENTIMOS



Somos felizes. Os que se dizem infelizes procuram a felicidade em coisas exteriores. Durante as 24 horas do dia, muitas coisas boas acontecem. Mas quando se espera que somente coisas materiais ocorram, tem-se como prêmio a decepção. O desapontamento de muitos com relação à felicidade, desapontamento que tem gerado incredulidade e pessimismo, origina-se de a terem procurado no exterior, onde ela não está; origina-se ainda de a suporem dependendo de condições e circunstâncias externas, quando todo o seu segredo está em nosso foro íntimo, nos labirintos profundos do nosso ser.
O problema da felicidade é de natureza espiritual. Circunscrito à esfera puramente material, jamais o homem o resolverá. O anseio que todos sentimos vem do espírito, são protestos de uma voz interior.
A felicidade consiste em contentar-se com o que se tem. Quando o rico usa de meios ilícitos para ter mais do que tem, ou quando o pobre usa desses meios para conseguir aquilo que nunca teve ou que não tem, as consequências são igualmente danosas. Com isso, não se deduza que o homem deva agir como um expectador passivo. Muito pelo contrário. Ser for rico, deve trabalhar para a aplicação da riqueza em favor do bem comum; se for pobre deve agir resignadamente, sem contudo, confundir resignação com conformação.
Deus deu ao homem, mais do que ao animal, o desejo constante de se melhorar. É isso que o impulsiona em busca dos meios de galgar degraus cada vez mais altos. É graças ao trabalho útil que a inteligência humana se desenvolve e a moral se depura. E como as necessidades do corpo, o homem passa da selvageria à civilização.
O item 3 do Capítulo XXV – Buscai e achareis – do Livro – O Evangelho Segundo o Espiritismo – complementa maravilhosamente esta questão: - “Se Deus tivesse liberado o homem do trabalho físico, seus membros seriam atrofiados; se o livrasse do trabalho intelectual, seu espírito permaneceria na infância, nas condições instintivas do animal. Eis porque Deus fez do trabalho uma necessidade, e lhe disse: Buscai e Acharás; trabalha e produzirás; e desta maneira serás o filho das tuas obras; terás mérito da sua realização e serás recompensado segundo o que tiverdes feito”.
O descanso é um prazer após o trabalho; sem este, que significado tem aquele? Assim a felicidade. Ela representa o fruto de muitos labores, de muitas discussões e de difíceis lutas. Vencer é alcançar a felicidade. Podemos, acaso conceber vitória sem batalharmos? Quanto mais árdua é a batalha, maior será a vitória, mais saborosos os seus frutos, mais magníficos os seus louros.
O Evangelho de João (10:10) registra estas palavras de Jesus: “O ladrão não vem senão roubar, a matar e a destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”.
A verdadeira vida sempre cheia de alegria; é um dia sem declínio, um sol sem ocaso. O céu é a região da Luz Perpétua. A ele não iremos pela estrada ensombrada de tristezas, luto e melancolia. O caminho que conduz a felicidade, resolvendo os problemas da vida é estreito; não é escuro, nem sombrio. Estreito, no caso, significa difícil, mas não lúgubre.
A alegria de viver nasce do otimismo, o otimismo nasce da fé. Sem fé ninguém pode ser feliz. Sem fé e sem amor não há felicidade.
Diz o item 20 capítulo V (Bem  aventurados os aflitos) do Livro – O Evangelho Segundo o Espiritismo”: Aquilo em que consiste a felicidade terrena é de tal maneira efêmera, para quem não se guiar pela sabedoria, que por um ano, um mês, uma semana de completa satisfação, todo o resto da existência se passa numa sequência de amarguras e decepções. E notai meus caros filhos, que estou falando dos felizes da Terra, desses que são invejados pelas massas populares”.
Nosso Irmão e mentor Abel Monsenhor nos diz em uma de suas mensagens: “Como a educação da alma é o senso da vida, importa resumir seus preceitos em palavras: aumentar tudo quanto for intelectual e elevado. Lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos. Iniciar seus semelhantes nos esplendores do verdadeiro e do divino. Amar a verdade e a justiça, praticar para com todos a caridade, a benevolência, tal é o segredo da felicidade, tal é o dever, tal é a relação que o Cristo legou à humanidade. E a doutrina Espírita facilita ao homem o entendimento para receber em si a felicidade”.

A “Varinha Mágica “ de Luíza Cony

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