Entre os que se matriculam na escola terrena, envergando o
complexo uniforme orgânico, como que se nivelando no ambiente comum,
encontramos:
- Os que oram em silêncio, pelos seus desafetos gratuitos;
- Os que realizam a sua própria reforma íntima, apagando defeitos que traziam de longas eras;
- Os que não se comprazem com o mundo abandonando hábitos e vícios tidos por elegantes e que são apenas deficiências de caráter;
- Os que se deixam abater pelas visitas das provações e expiações lancinantes;
- Os que apagam, discretamente, as lágrimas dos próprios olhos quando se defrontam com as dores dos seus semelhantes, mas nunca passam a largo do sofrimento e sabem, sempre, oferecer o seu apoio silencioso;
- Os que amam, sem alardear o próprio sentimento, e traçam roteiros luminosos com os seus exemplos, socorrendo os que servem à retaguarda;
- Os que oferecem o pão ao faminto e não se eximem de ofertar-lhes a luz da orientação que lhes promoverá o reequilíbrio indispensável;
- Os que entregam as suas horas de lazer, no socorro ao semelhante;
- Os que sustentam conversação edificante, mesmo quando convocados às finalidades deste mundo, sem, contudo, levar constrangimento a quantos os cercam...
Esses, evidentemente, não estarão isentos de cometer
enganos, no curso de sua caminhada. Poderão, inclusive, repetir-se nas pequenas
falhas de suas anteriores existências. Não, são, portanto, Anjos os Espíritos
Puros, na expressão sublime do termo. Mas são, embora os seus raros enganos,
Bons Espíritos morando entre nós, cuja
esteira luminosa, poderemos tomar o rumo da esperança, edificando os primeiros
fundamentos do Reino de Deus em nossa Alma. Procuremos identifica-los no
cotidiano. Debaixo da roupagem de um homem vulgar, descobriremos esses traços
inconfundíveis, onde lampejam os clarões do próprio Mestre Jesus, e, desse
momento em diante, deveremos ampará-los e segui-los, dignificando-nos na sua
companhia.
A “Varinha Mágica “ de Luíza Cony
Nenhum comentário:
Postar um comentário