sábado, 16 de julho de 2016

TERESA DE CALCUTÁ, CHICO DO BRASIL...


Ambos nasceram em 1910, ela, Teresa de Calcutá; ele, Chico de Pedro Leopoldo. Ela, uma mulher valente, ele, um homem corajoso. Ela, católica; ele, espírita; no entanto, ambos portavam-se como verdadeiros integrantes da Família Universal. Tinham muito mais em comum do que apenas o ano de nascimento. Seguiam o mesmo professor: Jesus. Tinham o mesmo sobrenome: Amor. Viveram para o mesmo objetivo: Servir.
Ela recebeu o prêmio Nobel da Paz; ele viveu pacificamente toda a vida. Teresa de Calcutá viveu para os menos favorecidos, queria ser pobre, nunca conseguiu, seu coração transbordava riquezas; a nobreza da generosidade, as pérolas da fraternidade, os diamantes da solidariedade. Dizia Teresa, em toda sua simplicidade que a felicidade humana é impossível de ser medida. Como controlar, em planilhas estatísticas, a felicidade de um faminto que encontra o alimento? Teresa tinha razão. Impossível medir a felicidade humana! Por isso, trabalhava sem estatísticas, mas em prol da felicidade e dignidade de seus irmãos de caminhada.
Chico Xavier, o Chico de Pedro Leopoldo, o mineiro do século, também queria ser pobre, sem sucesso. Doou os direitos autorais de seus mais de quatrocentos livros psicografados, que venderam e vendem milhares de exemplares em todo o mundo. Poderia ter polpuda conta bancária, no entanto, preferiu a simplicidade, mas nunca foi pobre: sua vida foi repleta de amigos dos dois planos. Chico era e será, onde estiver, um milionário, um magnata das letras, um ícone da humildade, um pobre de moedas, mas rico de amor...
Assim eram Teresa e Chico... franzinos fisicamente, mas colossais, espiritualmente. Narram as páginas da literatura que quem se aproximava de Teresa, Madre Teresa de Calcutá, não conseguia conter a emoção, devido a irradiação de sua serenidade e sua intensa energia espiritual. O que a literatura diz de Teresa, se reafirma com Chico. Aqueles que gozaram de sua convivência afirmam que sua presença iluminava, acalmava, tranquilizava...
Chico e Teresa. Teresa e Chico... é como se falássemos de amigos: “Oi Teresa!” “Bom dia, Chico!” Falar deles, de suas conquistas, realizações e aventuras é como falar de amigos, porque com os amigos não há barreiras, não há inquietações, inexistem constrangimentos. Os amigos deixam-nos à vontade; sinto-me, pois, à vontade para escrever sore Teresa e Chico, os quais considero amigos, amigos do mundo, dos ricos, dos pobres, dos brasileiros, indianos, nigerianos, amigos de todos...
Teresa e Chico: duas figuras que praticavam o amor deixaram marcas inesquecíveis e indeléveis, a nos convidar para, dentro de nossas possibilidades, obviamente, viver como eles, servindo e amando para a construção de um mundo fraterno e justo. Pensemos nisso.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

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