segunda-feira, 27 de novembro de 2017

PERGUNTE A SI MESMO: SOU SAUDÁVEL? PARTE I


No que diz respeito à nossa saúde, somos irresponsáveis sob todos os aspectos. Diante das enfermidades que nos acometem, procuramos nos facultativos da medicina, a tentativa de aliviarmos nossas dores ou a nossa cura; no entanto, quantas vezes deixamos de seguir as orientações médicas, abandonando os remédios e as dietas, assim como as indicações de nosso controle emocional e, muitas vezes, as necessidades de uma atividade física e dos conhecimentos da medicina, que são frutos do trabalho incansável de inúmeras criaturas que se dedicaram e se dedicam, ao longo do tempo, em pesquisas para o bem da humanidade, sob a inspiração da Sabedoria divina que infantilmente desprezamos. Incontáveis também são as criaturas que, assim como nós, só se lembram do nosso Pai Celestial nos momentos da dor maior, após terem recorrido à medicina sem muito sucesso e esperam sempre por uma manifestação milagrosa no campo religioso.
Mesmo estando a  medicina sob a inspiração da Sabedoria Divina, esses operários da humanidade esbarram na vaidade e no orgulho, assim como todos nós, pois trabalham ainda na superfície da solução dos problemas, observando apenas a parte física do ser, esquecendo que o espírito preside o corpo e longe estão de promover a cura real das várias enfermidades que fazem parte de nosso estado evolutivo.
No campo religioso, existem problemas maiores, porque muitos sofredores são ludibriados por promessas de curas quando elas não podem acontecer, provocando, dessa forma, a descrença de muitos  na existência de Deus o que retarda, ainda mais, o crescimento moral das criaturas.
Catalogar ou enumerar todas as enfermidades, aqui, seria impossível, pois nos falta conhecimento e a própria medicina possui esta dificuldade, pois que, a cada dia, novos diagnósticos são realizados. Não é nossa intenção abordarmos, aqui, a cura ou não, de determinadas doenças, mas uma coisa é fato: ninguém poderá fazer promessas de cura. As curas podem acontecer, mas nós não sabemos em que momento ou se elas ocorrerão; devemos sempre lembrar que cada criatura é um ser individual, com as suas próprias experiências, débitos ou créditos, aquisições essas acumuladas em seu passado milenar e no presente e, por isso, as enfermidades manifestam-se em cada criatura de forma diferenciada, estando a cura ou não, de cada um, subordinada a uma programação a cumprir, que dependerá de sua conduta moral no presente e no tempo de resgate referente ao seu passado, com vistas ao futuro e cujo conhecimento só a Deus pertence. Ai entrará a nossa fé e a vontade sincera de mudar o nosso interior (onde  reside as causas de nossas enfermidades, na mente) e, por isso, promessas não podem ser feitas. Como o próprio Cristo falava “A tua fé te curou”, Ele não prometia as curas, e, recomendava: vá e não peques mais, ou seja: siga uma vida moral irrepreensível, não incorra  nos mesmos erros do passado para que um mal maior não lhe aconteça.
Todo enfermo é digno de atenção e carinho e não desejamos discutir neste momento o problema de cada enfermidade ou qual merece maior ou menor dedicação, mas gostaríamos de salientar a necessidade de cuidarmos de nossa mente e de nossos pensamentos, pois é  nela que reside todas as nossas aquisições como espíritos eternos que somos, ou seja: é o nosso maior patrimônio. Qualquer descuido com a mesma deixará reflexos em nosso corpo físico e não é em vão que há um ditado que diz: “mente sã, corpo são”. Quando causamos um sério desequilíbrio em nossa mente podemos atravessar várias encarnações para reajustá-la.
Devemos lembrar que quando mantemos pensamentos constantes na revolta, na cólera, na angústia, no melindre, no ódio, no pessimismo, na indignação e em tantos outros defeitos morais,  estamos, da mesma forma, em sintonia com milhares de pensamentos, iguais aos nossos, que acabam produzindo fluidos nocivos em nossa mente que, por sua vez, se refletem, em nosso organismo físico, através das enfermidades.
                                                           *****
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

                                               

A INDULGÊNCIA É A OUTRA FACE DA CARIDADE!


O “Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos  recomenda que pratiquemos, pelo menos, a Caridade da Indulgência. Sabemos observar e analisar todos os erros e defeitos daqueles que nos rodeiam. Julgamos e condenamos sem nem um pingo de Piedade, mas o que exemplificou Jesus foi a indulgência, ou seja, verificarmos aonde há o erro e procurarmos as causas para ajudarmos aquele que erra.
Saibamos olhar esta face da Caridade! Deus nos oferece tantas bênçãos a todos os momentos. Desde a oportunidade da reencarnação, o ar que respiramos, o lar que nos abençoa, o amigo que nos ampara, o pão que nos alimenta, a ideia, o sentimento, o trabalho, o repouso.
... Diante de tudo isso, pensemos: “Ante a Eterna Indulgência com que o Céu nos acompanha, sejamos também benevolentes e usemos a misericórdia para que a Paz divina permaneça conosco, à maneira de Luz que nos guarda hoje e sempre”.
Saibamos  ser merecedores de todas as dádivas e misericórdia recebidas do amoroso Pai Divino. Vamos procurar estudar nossos atos e praticar reflexões, para o fortalecimento de nossa Fé e Esperança, através de boas leituras que orientam e socorrem também aqueles que buscam entender os mecanismos da vida, tais como: “Recorda que a dor, a luta, a enfermidade e o desencanto são instrutores da verdade que nos  salvará, soberana, e por isso, transportando contigo a cruz de tuas penas, pede ao Senhor, ombros fortes para sustenta-la, assim como aconteceu com o Divino Mestre. É dos braços de tua própria cruz que dará o voo divino à vitoriosa Imortalidade”.
Se  sofremos dores físicas e morais, porque tudo é consequências de um passado de erros que hoje se refletem e que o único “remédio” para acalmar a revolta em que nos debatemos é sem dúvida alguma, a Caridade: “Cada sofrimento é uma sombra que estendeste no passado e que volta ao presente, a fim de que a transformemos em Luz”.
Procuremos o estudo destas lições para que, fortalecidos em nossa fé, continuemos na jornada que nos compete com verdadeiro e profundo amor por tudo o quanto Deus nos dá para o crescimento da prática da Caridade.
Este ensinamento precisa ser espalhado, contagiado por todos os lugares no nosso Planeta; pois é preciso que se salvem muitas crianças que passam fome e adoecem. Milhões  delas estão morrendo.
ATENÇÃO! A CARIDADE SUPLICA A PRÁTICA DE MILHÕES DE PESSOAS, A FIM DE SOCORREREM MILHÕES DE CRIANÇAS QUE NÃO TÊM O QUE COMER!
- MEU AMIGO, MINHA AMIGA – VOCÊ COMERIA RATO, BESOURO, BARATA, ESCORPIÃO, LAGARTIXA?
POIS É, AS CRIANÇAS FAMINTAS DE VÁRIOS LUGARES DO MUNDO, POR FALTA DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS COMEM E DEPOIS MORREM!!!
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


MÃO AMIGA!


Cristo!...
Aqui estamos nós para louvar-Te
E agradecer-Te, de alma enternecida,
Pela bênção de amor com que vives conosco em toda parte.
Por presença de luz em nossa vida.
Contigo nós, o coração  descansa
E mesmo quando o dia aparece nevoento,
E eis que a Terra se faz um reino de esperança,
Uma escola de paz aos sóis do firmamento!
Agradeço,  Cristo,
Os Teus olhos nos meus
Que me fazem saber de caminho a caminho,
Que não há ser algum desprezado ou sozinho,
Que no monte mais alto ao vale mais  profundo,
Todos, sem exceção, nas províncias do  mundo,
Somos filhos de Deus.
Em teu discreto amparo que renova
O meu campo mental,
Aprendo hoje a ouvir todas as vozes,
Do ciclo da intriga aos gritos mais ferozes,
Sem deixar-me prender às sugestões do mal!...
Com tua força em minha força
Venho apagando impulsos infelizes,
E quando o peito se me desarvora,
Embora sofra, sei que devo  agora
Converter em trabalho as minhas próprias crises.
Ao teu poder sublime,
Escolho o verbo e o modo para o bem,
A fim de que me exprima,
Sem fazer da palavra instrumento de esgrima,
Com que venha a ferir ou condenar alguém.
Com tuas mãos em minhas mãos,
Agradeço os amigos que me ofertas,
Para que eu possa cooperar
No auxílio aos que se vão sem apoio ou sem lar,
Entre as horas de angústia e as estradas desertas!...
Não nos  abandones, Cristo, aos nossos próprios passos...
Quantas  vezes me perdi, por esquecer-Te em Luz!...
Sem teu amor, a vida é um sonho escuro e vago,
Não me deixes a sós, nas fraquezas e dores que trago,
Nada posso sem Ti!...
                                                           ***
Esta é uma oração que nos faz lembrar o quanto devemos diariamente agradecer a Deus pela eterna presença divina, em nossas vidas – em todos os momentos.
Amparada pela prece, a mente enternecida deixa-se levar pela paz, esquecendo as sugestões do mal.
Entende-se, nos instantes de sublime elevação, que não vale o minuto de revolta e nem o fato de ferir verbalmente a criatura doente, presa à perturbação. Vale mais a união fraternal, vencendo os instintos primitivos, lembrando a confiança que Deus deposita em cada filho, para a reconstrução de um mundo feliz.
Ninguém está só. O Cristo está sempre dentro de nós, com a chama viva da paz, e esta riqueza vale também amor para quem o  esquece e guarda mágoas, lembrando que o Cristo está iluminando mesmo quem o ignora. Então, vamos sentir neste momento, a Luz e a Voz do Cristo dentro de nosso coração e dizer meigamente:
- Cristo! Que a Sua presença seja constante para todos aqueles que aprendem a perdoar. O perdão aproxima a criatura da mão amiga do Cristo, e nesse ato, acende-se a luz da fé sublime, porque houve um encontro de paz.
                                                           ***

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


TODOS OS SERES SÃO FEITOS PARA AMAR!


O AMOR é o sentimento superior no qual se fundem e harmonizam todos os dotes do coração, é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade, é o  nascer na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, às alturas divinas, e que, unindo-nos a todos os seres, desperta em nós felicidade íntima tão grande que supera infinitamente todos os grandes prazeres terrenos.
Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se a uma causa ou a uma pessoa até ao sacrifício e à morte. Se  queremos saber o que é o amor, consideremos as grandes figuras da humanidade e sobretudo o CRISTO, para quem o AMOR era toda a moral e toda a religião, o CRISTO  disse: “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos perseguem”. Assim dizendo, ele não exige de nós um afeto, que não pode estar em nosso coração, mas nos pede a supressão de todo ódio, de todo espírito de vingança, uma disposição sincera de ajudar quando necessário, aqueles que nos afligem, estendendo-lhes, em socorro, a nossa mão. Uma espécie de aversão à sociedade, de fadiga moral, afasta às vezes as almas boas do resto da humanidade.
O bom humor é a saúde da alma, vamos abrir nosso coração a todo sentimento forte e sábio, amemos para sermos amados!
O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abrange todos os seres: Deus é o seu foco. Como o sol se ergue indiferentemente sobre todas as coisas e aquece toda a natureza, assim o Amor Divino vivifica todas as almas, e seus raios, penetrando mesmo além das trevas de nosso egoísmo, conseguem fazer nascer a vacilante chamazinha no fundo de todo coração humano. Todos os seres humanos são feitos para amar: os germes da vida moral e do bem que eles enceram florirão um dia, fecundados pelo foco supremo, expandindo-se até confundir-se na mesma comunhão de amor, em uma fraternidade universal.
Você que lê estas páginas, quem quer que seja, saiba que nos reencontraremos um dia, seja numa existência vindoura neste mundo, seja num mundo mais elevado, seja na imensidão do espaço; saiba que nosso destino é o de influenciar-nos para o bem e de ajudar-nos reciprocamente em nossa ascensão. Filhos de Deus,  membros da grande família dos espíritos, assinalados na fronte com a marca da imortalidade, estamos destinados a conhecer-nos e unir-nos na santa harmonia das leis e das coisas, longe das paixões e das grandezas falsas da Terra.
Enquanto aguardamos este dia, chegue a você meu pensamento, - meu amigo,  minha amiga, testemunho de doce simpatia, e seja você um amparo na dúvida, um consolo na dor, que lhe reerga na queda, una-se ao seu pensamento para pedir ao nosso Pai comum que nos ajude a conquistar um futuro melhor, onde o amor seja o nosso mais fiel companheiro, banhando nossa alma com a Luz Divina e fazendo-nos sempre mais capazes de praticar o amor ao próximo com absoluta consciência de que é a nossa maior fortuna – a herança que Deus nosso Pai nos deu para eternamente amá-lo e agradecê-lo, também pelas lições de vida traçadas com as bênçãos do Mestre Jesus.Vamos marcar este texto, como um presente de Natal, que humildemente ofereço para cada um de meus familiares, amigos, amigas, conhecidos e mesmo para aqueles que não conheço pessoalmente.
Creio que a luz do Cristo, em perfeita sintonia conosco, iluminará o destino de cada de nós que tiver a sensibilidade de compreender estas páginas.
Muito obrigada! Feliz Natal e um ano novo com as mesmas intenções deste texto!!!

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O SERMÃO DA MONTANHA


“Se se  perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse o SERMÃO DA MONTANHA, nada estaria perdido”. Mahatma Gandhi
“O homem é por essência um ser a caminho de si mesmo. Procura, consciente ou inconscientemente, realizar-se biológica, mental e espiritualmente”.  Huberto Rohden – filósofo, educador e  escritor
Agradeço a este grande amigo, muitas das minhas inspirações.
Algumas considerações de Huberto Rohden:
- Antes de iniciar a sua vida pública, fez Jesus 40 dias de silêncio e meditação no deserto. E a primeira mensagem que, logo no princípio, dirigiu ao povo é o chamado “Sermão da Montanha”, proferido nas colinas de Kurun Hattin, ao sudoeste do lago de Genezaré.
Estas palavras podem ser consideradas como a “Plataforma do Reino de Deus”, como  diríamos em linguagem política. Representam o programa da mística divina e da ética humana, visando a total autorrealização do homem.
Logo de início, vêm as oito beatitudes, onde o Mestre proclama felizes precisamente aqueles que o mundo considera infelizes: os pobres, os puros, os mansos, os sofredores, os perseguidos, etc. Esta distinção entre felicidade vai através de todo o Evangelho do Cristo, e só pode ser compreendida por aqueles que despertaram para a realidade do seu Eu Espiritual.
O Sermão da Montanha representa o mais violento contraste entre os padrões do homem profano e o ideal do homem iniciado.
Não adianta analisar esse documento máximo da experiência crística. Só o compreende quem o viveu e vivenciou.
E, para preludiar o advento do Reino de Deus sobre a face da Terra, é necessário que cada homem individual realize dentro de si mesmo esse reino, que reserve cada dia, de manhã cedo, meia hora para se interiorizar totalmente no seu EU DIVINO, no seu CRISTO INTERNO, pela chamada meditação.
Durante a meditação, o homem se esvazia de todos os conteúdos de seu ego humano sem nada sentir, nada pensar, nada querer, expondo-se incondicionalmente à invasão da plenitude divina. Onde há vacuidade acontece uma  plenitude. O homem vazio de si é plenificado por Deus.
Mas, não se iluda! Quem vive 24 horas plenificado pelas coisas do ego – ganâncias, egoísmos, luxúrias, divertimentos profanos – não pode esvaziar-se, em meia hora de meditação; esse se ilude e mistifica a si mesmo por um misticismo estéril. É indispensável que o homem que queira fazer uma meditação fecunda e eficiente, viva  habitualmente desapegado das coisas supérfluas e se sirva somente das coisas necessárias para uma vida decentemente humana. Luxo e luxúria  são lixo e tornam impossível uma vida em harmonia com o Espírito do Cristo e do Evangelho.
“Bem-aventurados os pacificadores” é a apoteose da autorrealização, porque o homem que realiza o seu elemento divino, o seu Cristo Interno, entra num mundo de firmeza e paz, que se revela constantemente em forma de alegria e felicidade e se concretiza em benevolência e vontade servir e de dar.
O homem que encontrou Deus pela experiência mística  é, naturalmente,  bom e benévolo com todos os homens e com os irmãos desencarnados. A felicidade interna tem a irresistível tendência de transbordar em benevolência externa e numa vontade de servir e de dar espontânea e jubilosamente.
Não  parece estranho que Jesus tenha proclamado felizes os tristes? Ele que disse aos seus discípulos: “Deixo-vos a Paz, dou-vos a minha Paz, para que minha alegria esteja em vós e seja perfeita a vossa alegria e  ninguém mais tire de vós a vossa alegria!”.
Pode alguém ser triste e estar alegre – como também pode ser alegre e estar triste. O que é decisivo é a atitude interna, permanente, negativa ou positiva.
Quem tem a consciência reta e sincera de estar na Verdade é profundamente alegre, calmo, feliz, embora externamente lhe aconteçam coisas que o entristeçam  e quem, no íntimo da sua consciência, sabe que não está na Verdade, é profundamente triste, ainda que externamente se distraia com toda espécie de alegrias.
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


“AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL”


Jesus, o maior conselheiro que o nosso Planeta teve e continua sendo, - ensinou para os seres humanos sentirem resignação perante a dor. Em virtude dos espíritos encarnados na Terra, ainda conservarem, com raras exceções, no seu íntimo, grande percentual do “tóxico psíquico mental”, trazido de vidas passadas, a Terra é a “lavanderia moral e espiritual”, em que a alma elimina suas manchas no rio cristalino das lágrimas purificadoras.
Jesus em sua infinita misericórdia e humildade,  deu-nos o maior exemplo de sua pureza e sublimidade espiritual, com seu sofrimento tão benéfico, que nos aconselhou a máxima resignação perante a dor, para não perdermos o aproveitamento salutar para limpar as impurezas da alma. E para que o espírito encarnado na Terra atinja as horas de sofrimento mais cruel e severo, sem a impulsiva “auto destruição” provocada pela falta de preparo psíquico, existem as enfermidades nascidas com o indivíduo, que se apresentam na primeira infância, em nosso mundo que vão graduando as alma num ritmo iniciático à dor, para que mais tarde, possam atingir o “clímax” exigível na limpeza das impurezas nocivas à sua evolução espiritual e moral.
A missão libertadora do Divino Mestre Jesus chega num momento propício da  programação evolutiva do ser humano.
Esclarecendo o Reino do Pai, diz que há muitas moradas, que ninguém pode conhecer o seu reino se não nascer de novo, descortinando os ensinamentos do Cristo para iluminação do espírito de cada ser humano.
Tendo Jesus cumprido sua missão de modo incomparável, prossegue o Cristianismo vigente, puro, como chama divina a iluminar as consciências.
Sustenta-se numa mensagem de amor que abrange toda a Terra, em que um Deus único, de compreensão, de solidariedade, serve de alento e conforto a todos, mas encontra receptividade maior nos miseráveis, nos pobres, nos enfermos e nos excluídos do poder da época.  Nesse meio encontra naturalmente o solo fértil e propício à propagação das ideias e do socorro que jorrava do Alto, das esferas sublimes.
                                                           *
Jesus não trazia mensagem complexa, nem pedia investigação técnica e teórica para enriquecer o intelecto, pois anunciava uma autorrealização singela e à luz do dia, através de um trabalho lento, mas eficiente, do espírito libertar-se da matéria. A simplicidade, a fé, a devoção, a humildade, a resignação, a pureza, a ternura, o perdão, a renúncia e o serviço ao próximo, eram as coisas possíveis e realizáveis na vivência terrena. E ninguém poderia zombar ou não acreditar nisso, porque o Mestre que ensinava era o exemplo vivo de suas próprias recomendações. Ele não dizia comumente aos seus apóstolos: - “Se ainda não compreendeis as coisas da Terra, como quereis que vos fale só das coisas do céu?”.
Ele era objetivo e suas parábolas versavam sobre coisas palpáveis e assuntos de bom senso, tais como a “semente da mostarda, os talentos enterrados, o fermento que leveda, o joio e o trigo, o lobo e o cabrito, o bom samaritano, o filho pródigo, o tesouro escondido, o mordomo infiel, o semeador ou o rico insensato”.
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As orientações propostas por Jesus e de sua própria vivência é exemplificação pessoal, inseridas no Evangelho, são acontecimentos educativos, que podem ser usados pelo ser humano em qualquer lugar na Terra, em outros planetas e mesmo em outros mundos espirituais. São diretrizes de comportamentos, que na sua realização no mundo das formas abrem cientificamente as portas do infinito livre ao espírito humano.
O Evangelho, como resumo das atitudes sublimes definitivas no Universo, promove a mais breve transformação do homem em anjo, porque o homem, depois de evangelizado, vive em si a mudança de sua pequenez perante aa grandezas do Cosmo como um todo que envolve a sua natureza.
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Não há problema insolúvel no seio da Divindade, mas apenas etapas de experimentação e adaptação a novas condições em que os espíritos submetem-se a fim de desenvolver o conhecimento de si mesmos. Podem falhar,  todos os recursos técnicos, científicos e educativos do mundo à melhoria do ser humano; jamais falham as diretrizes do Cristo Jesus, que agem do interior da alma para a periferia do corpo. Quando tudo falha no ajuste e progresso da humanidade, Jesus, o Médico Divino, é o recurso decisivo e infalível, pois apesar da sua “perfeita justiça”, jamais ele a exerce sem a “perfeita misericórdia”.
Algozes e vítimas, obsessores e obsediados, encontram no curso retificador da reencarnação os meios de liquidarem as suas próprias dívidas, quantos se desvestem das sombras tristes da escravidão animal, para envergarem a túnica nupcial e gozarem o direito de participar eternamente do banquete venturoso do Senhor!

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

MOMENTO DE REFLEXÃO


A atitude que nos convém diante do Senhor, é de adoração, de escuta amorosa, de percepção de SUA VOZ que, como música harmoniosa, enche nossa alma de paz e alegria.
                                                           *
O amor pleno do amor do Cristo, tem o poder de irradiar a paz de sua missão luminosa e de sua constante presença espiritual libertando os seres humanos dos maus fluidos.
                                                           *
O bem que você faz, a  bondade que demonstra, o amor e boa vontade que irradia virão de volta multiplicados várias vezes, por inúmeros caminhos.
A sua voz interior, representando seus pensamentos e sentimentos silenciosos, se expressa nas reações dos outros para você.
                                                           *
O amor é a resposta para conviver com as outras pessoas. O amor é de compreensão, boa vontade e respeito à divindade nos outros.
                                                           *
Nunca ceda às cenas emocionais e acessos dos outros. O apaziguamento nunca vence. Nunca seja um capacho. Fixe-se em seu ideal, sabendo que o âmbito mental que lhe dá paz,   e alegria é do direito, do bem e da verdade. O que lhe favorece, favorece a todos.
                                                           *
A única coisa que você deve a todas as outras pessoas é o amor, e o amor consiste em desejar para os  outros aquilo que você deseja para si mesmo: - confiança na divina proteção, iluminação em seus caminhos, humildade em seus atos e caridade para com os irmãos de jornada que sofrem na pobreza, nas doenças físicas, mentais, emocionais e espirituais.
                                                           *
Nenhuma outra pessoa pode aborrecê-lo ou irritá-lo a menos que você o permita. Seu pensamento é criador – e você pode, portanto, abençoá-la. Se alguém o chamar de desprezivel, por exemplo, você tem a liberdade de responder-lhe: “Que a paz de Deus penetre em sua alma!”.
                                                           *
Torne-se emocionalmente amadurecido e permita que as outras pessoas tenham o direito de discordar de você, e, você tem a mesma liberdade de discordar delas. Você pode discordar sem ser desagradável.
                                                           *
Deseje para os  outros o que deseja para si próprio. Essa é a chave para as relações humanas harmoniosas.
                                                           *
Enganar, roubar e iludir outra pessoa acarreta frustração, perdas e limitações para você. O seu subconsciente registra suas motivações, pensamentos e sentimentos. Sendo eles de natureza negativa, você sofrerá distúrbios, perdas e limitações de incontáveis modos. Na verdade, o que faz a outra pessoa está fazendo a si mesmo.
                                                           *
A personalidade odiosa, frustrada, destorcida e deformada está fora de sintonia com o Infinito. Ressente-se dos que têm paz, são felizes e alegres. Geralmente critica, condena e difama aqueles que lhe demonstraram bondade e compaixão. Assume a seguinte atitude: por  que ele deve ser tão feliz se eu sou tão desgraçado? Deseja atrair todos para o seu próprio padrão de vida. A desgraça adora companhia. Quando você compreender plenamente isso, ficará tranquilo, sereno, calmo.
                                                           *
Você é tão jovem quanto  pensa que é. Você é tão forte quanto pensa que é. Você é tão útil quanto  pensa que é. Você é tão jovem quanto os seus pensamentos. Seus cabelos grisalhos são um predicado. Você não vende os seus cabelos grisalhos – vende o seu talento, as suas habilidades e a sabedoria acumulados através dos anos.
                                                           *
Você nasceu apenas com dois medos: o medo de cair e o medo do barulho. Todos os seus outros medos são adquiridos. Livre-se deles.
                                                           *
Use esta fórmula para afastar o medo: - “Busquei o Senhor e Ele me acolheu; livrou-me de todos os meus terrores”. Salmo 34:4. O senhor é uma palavra antiga que significa Lei.
                                                           *
O medo é um pensamento negativo em sua mente. Supere-o com um pensamento construtivo. O medo já matou milhões de pessoas. A confiança é maior que o medo. Nada é mais poderoso que a fé em Deus e no bem.
                                                           *
Muitas vezes, nos perguntamos porque falamos tanto se não somos capazes de fazer o que dizemos; isso é até certo ponto normal, porque através da palavra procuramos entender o que se passa ao nosso redor e o porquê dessa luta interior que parece não ter fim. Nesse processo de experiências para o alcance da meta desejada tenhamos alegria, jovialidade, como antídotos, controlando nosso envelhecimento precoce provocado pela lamúria, pela preguiça, pelo remorso e pelo arrependimento.
                                                           *
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O ENTENDIMENTO DE SI MESMO


O homem é um ser muito complexo. Somatório das suas experiências passadas tem, no inconsciente, um completo arquivo da raça, da cultura, das tradições que lhe influem no comportamento. Por outro lado, a educação, os hábitos, os fenômenos psicológicos e fisiológicos estão a alterá-lo a cada momento.
O inconsciente, como efeito, está sempre a ditar-lhe o que fazer e o que não realizar, inclinando-o numa ou noutra direção. Todavia, o mecanismo essencial da vida impulsiona-o para o progresso, para a evolução, mediante programas de autoburilamento, de orientação, de trabalho. O resultado natural  deste processo é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos, aguardando solução. Torna-se imperiosa a adoção de propósitos para saber o motivo da confusão mental e entender os problemas, antes de tentar solucioná-los superficialmente, deixando em aberto novas dificuldades deles decorrentes.
A solução de agora pode satisfazê-lo por momentos, porém se não são entendidos, eles retornam por outro processo, permanecendo na condição de conflitos a resolver.
Para que se mantenha o propósito de entendimento de si mesmo e da vida, faz-se necessário adquirir um conhecimento integral de cada fato, sem julgamento, sem compaixão, sem acusação. Examiná-lo com imparcialidade, na sua condição de fato que é, com uma mente inocente, sem passado, sem futuro, apenas presente, mediante uma honesta compreensão, é a forma segura de o entender, portanto, de o  perceber e digeri-lo convenientemente, sem dar margens a novos comprometimentos.
O entendimento de si mesmo, a fim de encontrar as raízes dos problemas, para extirpá-los, exige uma energia permanente, um propósito perseverante, mantidos com inteireza moral e psicológica. Em caso contrário, desejam-se apenas, informações verbais, sem consequências mais profundas. Todos os problemas existentes no homem, dele mesmo procedem, das suas complexidades, do domínio do seu ego.
Normalmente, em razão do próprio passado, as tentativas de manter os propósitos de autoconhecimento, sem acumulação de dados especulativos, mas de real identificação de si mesmo, redundam em insucesso pela falta de perseverança, pelo desânimo diante das dificuldades do começo da busca pessoal e pelo desinteresse de libertar-se dos conflitos.
O homem se queixa que o autoconhecimento exige  despesa de energia face ao desgaste que o esforço provoca. Talvez não seja necessária uma luta como a que se trava em outras atividades. A manutenção dos conflitos produz mais consumo de forças. Basta uma atitude de desvalorização dos problemas, como quem deixa cair um fardo simplesmente, ao invés de empenhar-se por atirá-lo fora.
A manutenção dos propósitos de renovação e auto-aprimoramento e resultado de uma aceitação normal e de todo momento da necessidade de autodescobrir-se , morrendo para as contradições e ansiedades os medos e rotinas se impregna, o homem se plenifica interiormente, sem neurose ou outros quaisquer fenômenos psicóticos, perturbadores da personalidade e da vida.

A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY

BELA TRISTEZA – PAVOROSA ALEGRIA


Lembrando, mais uma vez, o filósofo, educador e escritor Huberto Rohden.
Quanto mais triste o homem é internamente, pela ausência de harmonia espiritual, tanto mais necessita ele de alegrias externas, geralmente ruidosas e violentas. Esse homem não tolera a solidão, que lhe traz consciência mais nítida da sua vacuidade ou desarmonia interior, por isto, evita quanto possível estar a sos consigo; procura companhia por toda a parte, e, quando não a pode ter em forma de pessoas, canaliza para dentro da sua insuportável solidão parte dos ruídos da rua, por meio do jornal, do rádio, da televisão e da internet. Alguns vão mais longe e recorrem a entorpecentes – maconha, cocaína, morfina, etc. – para camuflarem, por algum tempo, a sensação da sua triste solidão.
Quem teme a concentração necessita de toda a espécie de distrações para poder suportar-se a si mesmo. E, como essas distrações e prazeres, pouco a pouco, calejam a sensibilidade, necessita esse homem de intensificar progressivamente, os seus estimulantes artificiais para que ainda produzam efeito sobre seus nervos cada vez mais sem energias, enfraquecidos. Por fim, nem já os mais violentos estimulantes lhe causam impressão moral, - e então esse homem chega, não raro, a tal grau de tristeza, no meio das suas “alegrias” que põe termo à sua tragédia através do suicídio. Outros acabam no hospício. É que nenhum homem pode viver sem uma  certa dose de alegria.
Enquanto o homem não descobrir a BELA TRISTEZA da vida espiritual, tem de iludir a sua fome e sede de felicidade com essas HORROROSAS ALEGRIAS da vida material.
Mas, quando o homem descobrir a BELA TRISTEZA da vida com Deus, renuncia espontaneamente a essa HORROROSAS ALEGRIAS  da vida sem Deus, ou então satura de espiritualidade todas as materialidades, transformando em oásis de vida abundante o seu velho deserto morto. E então compreende  ele que o DIVINO MESTRE quis dizer com as palavras “NÃO DOU A MINHA PAZ, ASSIM COMO O MUNDO A DÁ”. O que o mundo da não é paz real, é apenas uma trégua artificial, espécie de armistício temporário e precário entre duas guerras, ou melhor, num campo de batalha de guerra permanente.
O homem cuja felicidade nasceu  da VERDADE é calmo e sereno em todas as vicissitudes da vida, porque sabe que não precisaria mudar de direção fundamental se a morte o surpreendesse nesse instante. Perguntaram a um jovem que estava jogando bola, o que faria se soubesse que, daí a cinco minutos, tivesse de morrer; respondeu calmamente: “Continuaria a jogar”. Assim só pode falar quem tem plena clareza de que está no caminho certo, em linha reta ao seu destino, embora distante da meta final.
Ora, esse caminho não pode deixar de ser estreito  e árduo, uma espécie de tristeza como é toda a disciplina; mas no fundo dessa tristeza externa dormita uma grande alegria interior. É, todavia, uma  alegria anônima, silenciosa, imponderável, como costumam ser os grandes abismos e as grandes alturas. Aos olhos dos profanos, leva o homem espiritual uma vida tristonha e descolorida; o seu ambiente parece monótono e cor de cinza como um vasto deserto. E talvez não seja possível dar ao profano uma ideia da profunda alegria e felicidade       que o homem espiritual goza, porque esta felicidade jaz numa outra dimensão, totalmente ignorada pelo profano. O homem habituado a certo grau de espiritualidade tem uma imensa vantagem sobre o homem não-espiritual. Não necessita  de estímulos violentos para sentir alegria, porque a sua alegria não vem de fora, e sim de dentro. Basta-lhe uma florzinha à beira da estrada; basta o tanger de um sino ao longe; basta o cintilar de uma estrela através da escuridão – tudo enche de alegria, suave e pura, a alma desse homem, porque ela está afinada pelas vibrações delicadas que vêm das luminosas alturas de Deus. E as pontes da sua alegria brotam por toda parte; nem é necessário que saia de casa para encontrar motivos de alegria, porque a sua ALEGRIA É DE QUALIDADE, que não está sujeita às categorias de tempo e espaço, como as alegrias ruidosas e grosseiras dos profanos. Um único grau de ALEGRIA-QUALIDADE dá maior felicidade do que cem graus de ALEGRIA-QUANTIDADE.
Por isto, a vida do homem espiritual é uma BELA-TRISTEZA ao passo que a vida do homem profano é uma PAVOROSA – ALEGRIA. Mas o homem espiritual prefere a sua bela tristeza à pavorosa alegria do profano,  que ele compreende perfeitamente, porque também ele já passou por esse estágio infeliz – ao passo que o profano não compreende a felicidade anônima do iniciado, porque nunca passo por essa experiência.
O homem espiritual da BELA TRISTEZA é proclamado “BEM- AVENTURADO”, e tem a certeza de ser consolado. Um dia, a sua BELA  TRISTEZA de hoje, se converterá numa jubilosa alegria de amanhã. E isto pode acontecer mesmo antes de ele morrer fisicamente. Quando plenamente realizado no Cristo, pode dizer como este, em vésperas de sua morte: “Dou-vos a PAZ, deixo-vos a minha paz para que minha alegria esteja em vós e seja perfeita a vossa alegria”.

A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O QUE ESPERAMOS DE NÓS MESMOS?


Minha amiga Fani, sem rumo na vida, me escreveu uma longa carta pedindo orientação espiritual. A emoção estava viva em cada linha, e eu tive uma enorme vontade de chorar e de auxiliar. Então me reclinei timidamente sobre a mesa, como uma súplica aos céus e senti ternamente a chegada da luz e do cântico de pensamentos elevados, como sinfonias sem limites nem medidas. A voz dos grandes Espíritos em humildade e simplicidade trazendo o amor e a bondade das suas experiências.
Foi deste modo que nasceu esta carta para a querida amiga Fani compreender os desígnios de Deus Pai: Cristo! Tu és a bondade que acaricia, o amor que inflama, a luz que guia.  És também a prova que cabe para o meu bem, a dor que me liberta, a fé que me restitui a vida.
Tudo Tu és, ó Senhor! Seja por meio da dor, da alegria, do amor.
É sempre a Tua mão que nos guia para a única meta que és Tu.
Que nos dá só amor como suprema razão da vida.
Ó Cristo! O que esperamos de nós mesmos?
Estamos buscando a ti, para continuarmos sentindo o nosso trabalho interior que será motivado pelo Teu Supremo Amor.
Com o Senhor, vamos iniciar um novo processo de conhecimento do amor que exigirá força de vontade, obediência, fé e ação.
Ó Cristo! O senhor é o sinal sensível do nascimento da nossa motivação. É contigo que aprenderemos o progresso espiritual e moral. Cada dor não nos será uma derrota, mas a lenta marcha para a familiarização com as Leis Morais, nossas maiores riquezas a serem conquistadas, e de hoje e diante tentaremos rasgar o véu do nosso templo interior.
Na verdade, Tu és a nossa continua motivação porque estás acima de todas as ascensões humanas. Assim se realize.
Depois de  alguns meses, a Fani veio me visitar como agradecimento pelas palavras que lhe escrevi.
Nos momentos da alma, nas dores, nas referências miúdas como grãos de areia, nas grandes confissões de sua vida, na ausência de fé; mas no compromisso sério assumido na mente, no coração e na alma, se afloraram naquele nosso encontro.
Tudo, ela quis compartilhar comigo e principalmente com o Plano Espiritual motivando-a a pronunciar o “sim” para a renovação íntima, sem medo de percorrer as montanhas do próprio  ser, os tropeços nos declives do ego, desesperar-se pela dor das saudades da sua mãe. Surpreender-se com a violência das luxúrias, querer esmagar com as próprias mãos as ruínas emocionais, sentir o tom irado da inteligência por não saber se adaptar ao convite para orar em silêncio, conversar com o Cristo vivo e silencioso que nos diz o amor com expressiva convicção de fé. Um Cristo silencioso que deve ser a alegria para nós, e porque Ele fala de tantas maneiras como sempre falou.
Todos nós necessitamos encontrar na prece a motivação para nos comprometermos com a vida e com o mundo. Foi  com esta motivação que ofereci os meus préstimos mediúnicos para auxiliar a amiga Fani, a se reequilibrar no amor e na esperança de uma vida farta de dignidade e bens morais para sentir a alegria de praticar a caridade e ir se aperfeiçoando.
Fani, você se questionou muitas vezes antes de vir me procurar para revelar as suas mudanças.
- Quais são as suas fantasias ou seus desejos de sucesso? E se sentiu mais calma e preparada para contar as novidades.
Para mim, o melhor caminho da vida tornou-se  em ajudar comunidades pobres, protege-las contra as drogas e contra doenças graves; Ensinando sua população a se preservar contra a violência no lar, saber que Deus ama a todos com igualdade e que deve haver motivação para viver.
Comecei o trabalho voluntário no Canadá, mas pedi demissão da Empresa onde era Diretora da Área de Recursos Humanos, e fui para a Tailândia, onde há muitos portadores de HIV. Estudei enfermagem e planejava seguir carreira como farmacêutica, mas precisava de um tempo maior para me dedicar aos estudos e estava tão envolvida com as famílias pobres e portadoras de AIDS.
Para me aproximar dos mais jovens, preparava bolos, tortas, sucos, salgadinhos e muito sorvete, levava também meu violão para ensaiar um pequeno grupo de cantores existente numa das comunidades. Chegava e arrumava a mesa e rapidamente todos corriam, mas primeiro jogavam os braços magrinhos em torno da minha cintura e, ai, dirigia-lhes algumas palavras carinhosas. Comiam tudo e depois ficavam correndo atrás de mim, pedindo para tocar violão e cantar, - era uma festa.
À tarde, algumas mães traziam seus filhos até a barraca que eu montara para trata-los mais a vontade. O calor era algo assustador, não havia água filtrada, higiene, a terra seca. Uma jovem mãe com a filha ainda bebê no colo, era portadora do HIV e tinha problemas cerebrais, pedia que eu matasse a criança porque ela não tinha como dar remédios e leite.
Passei dois anos naquele lugar e fazia questão de lançar aos jovens, o desafio de garantir para si e para suas famílias um futuro melhor. Os infortúnios deveriam mostrar as chances de ter motivação para neutralizar as negatividades, e sem constrangimento lutaram pacificamente para conseguir montar um laboratório farmacêutico que começou a produzir remédios baratos para tratar a AIDS.
A partir daí resolvi ir para o Camboja, com o intuito de dar um pouco de motivação para os pobres e doentes, ajuda-los no combate a AIDS e também a malária.
Os dias voavam  mas eu não sentia cansaço nem sono porque assistia tanta dor e fome, e, procurava seguir o mesmo ritmo anterior.
Nessa ocasião, me sentia profundamente influenciada pelas cartas que você Luíza me enviava, sobretudo pela motivação que o guia espiritual Abel Monsenhor dirigia-me: “Se tiver oportunidades de fazer o bem, faça”. E pensava, tenho que lutar. É preciso fazer algo mais. Não é justo que não consigam ter outros medicamentos.
Estava cheia de entusiasmo. Eu trabalhava muito e descansava pouco. Não estaria na hora de diminuir o ritmo? É a minha pergunta para você Luíza.
E eu respondi: - Querida Fani, você é apenas uma alma que necessita dar amor porque recebe muito amor de Deus. Você aprendeu a se conhecer melhor e a ter razões de sobra para não acumular dinheiro para depois gastá-lo com os supérfluos e com os desejos do ego. Hoje, você quer ser útil a essas pessoas, ao menos fazê-las se sentirem como seres humanos.
Na vida é isso que faz você feliz.
O Cristo desceu dos Céus para acender na alma humana a vontade de aprender as riquezas de Deus.
Abre o “Grande Livro da Vida” leia uma sentença que seja, anuncie-se como cristã para sempre fortalecer o seu ser.
Lembre-se: diante da mudança alvissareira a alma pede bem ligeira uma instrução para sua sementeira poder dar bons frutos e querer alimentar outras almas, com o Amor do Cristo, que faz com que a vida tenha o sentido verdadeiro, bem como está escrito no Grande Livro da Vida: - “Vieste  na Terra para cumprir o verdadeiro aperfeiçoamento. Se queres progredir na vida alimenta-te todos os dias da SABEDORIA DIVINA que ilumina, transforma e guia”.
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


sábado, 11 de novembro de 2017

CUIDEMOS, TODOS NÓS, ESPÍRITAS, DE NOSSO LIVRE ARBÍTRIO, E PROCUREMOS ESTUDAR, MAIS O QUE VEM DE DEUS!



Então, se alguém vos disser: O Cristo está aqui, ou está ali, não acrediteis absolutamente; - porquanto falsos Cristos e falsos profetas se levantarão que farão grandes prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzirem, se fosse possível, os próprios  escolhidos.(Mateus).
Este alerta constante no Evangelho será sempre atual. Os homens continuam na busca e na aceitação por fantasias em que possam acreditar e que basta um ato exterior para melhorarem.
A cada dia vemos se integrar ao meio espírita rituais e, mesmo, teorias que não constam da base kardequiana, mas que espíritas desavisados e, principalmente, dirigentes espíritas que não estudam Kardec, preferem aceitar tais teorias, já que, além de implantarem uma novidade, o que lhes massageia o ego junto aos presentes, acabam atraindo novos adeptos para aquela casa espírita, lotando salões, não para se estudar, o que seria o ideal, mas para estes verdadeiros espetáculos de falsa doutrina.
Ultimamente, temos visto um maior número de livros e matérias, em periódicos sobre apometria, que dizem ser “uma técnica que viria a fornecer mais eficácia nos tratamentos espirituais.”
Ao lermos as explicações que dão sobre esta técnica, vemos contradições gritantes em relação ao que aprendemos com o nosso  Mestre Jesus, codificados pelo nosso Kardec.
Vejamos alguns pontos citados sobre APOMETRIA:
- Dizem que pode ser cobrado tratamento; que a apometria viria harmonizar o lado espiritual do atendido, facilitando a cura; que, durante o tratamento, quem está trabalhando com apometria poderá ir até ao passado do paciente para encontrar a cura; que a técnica funciona independentemente da crença da criatura; que, no tratamento, poderá sentir alguma coisa estranha, apesar de não acontecer sempre e, se ela for médium, deverá se ligar ao seu anjo da guarda.
Ao verificarmos estes pontos, vemos que apesar de dizerem que “a apometria foi desenvolvida a partir dos ensinamentos que foram codificados por Allan Kardec em suas obras”, lembramos que Kardec codificou e não descodificou os ensinamentos transmitidos pelos espíritos. E não existe em Kardec nada que possa endossar essa técnica que só leva fantasia às criaturas e que, de acordo com os pontos citados, não é gratuita, como tudo o que vem de Deus. A harmonia tem que vir da própria criatura, com o seu refazimento e sua luta para superar as suas imperfeições e seus instintos. Quem pode dizer que teria acesso ao passado de quem quer que seja para encontrar a cura dele, que independe de a criatura ter fé, quando o Cristo nos disse que “a nossa fé que nos curou”, e que tratamento é esse em que a criatura pode sentir “coisas estranhas”?
Tudo isso e muito mais que temos visto em quem defende esta técnica faz com que questionemos: - O que mais veremos ser inserido no meio espírita por uma total falta de conhecimento da Doutrina do Cristo, e por parte de quem se diz espíritas?
Quando falta, a quem acredita nisto, ler, além das Obras de Kardec, as de André Luiz, para que perceba que não somos nós, criaturas imperfeitas, que tratamos as outras criaturas, como dizem os defensores desta  técnica.
Acima de tudo, pela misericórdia do Pai Celestial, pelo coração do nosso Mestre Jesus e pelos Seus Colaboradores incansáveis que trabalham incessantemente pelo nosso bem, num tratamento espiritual, quem trabalha são eles, os Espíritos, e não o encarnado. E as técnicas existentes na Espiritualidade estão bem distantes de uma técnica inventada por quem quer se acreditar a fonte curadora, e não aceita que temos uma oportunidade de trabalho onde atuamos como coadjuvantes  isto quando não atrapalhamos os Espíritos, ao invés de auxiliá-los.
Devemos parar de inventar moda no meio espírita, com a desculpa de que os tempos são outros, quando nós mesmos avançamos um milésimo do que éramos há milênios e, mesmo assim, queremos nos acreditar criaturas auto suficientes, esquecendo-nos de nossa condição filial junto de Deus.
Se estudarmos as obras kardequianas, e as obras psicografadas pelo nosso Chico Xavier, que não são poucas, e, por acaso, estão ai para serem estudadas, sem que inventemos novas formas de passes, como temos visto, além da aposição das mãos que o Cristo nos ensinou; se seguirmos um trabalho de desobsessão como Kardec e André Luiz nos orientaram, sem que coloquemos a pessoa numa roda de médiuns, como se fosse uma verdadeira sessão de “descarrego” (como se vê nas religiões afro) e arrancássemos os espíritos que a acompanham e o jogássemos no monturo, aliviando o encarnado que atrai e continuará atraindo esses espíritos pelos seus pensamentos desajustados, ah! Como estaríamos aproveitando a oportunidade da reencarnação junto à doutrina do nosso Mestre Jesus!
É preciso, sim, expandir a divulgação da Doutrina Espírita e manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial.
                                                           *




A VARINHA MÁGICA DE LUÍZA CONY

NA BUSCA DA PLENITUDE


Nas experiências psicológicas de amadurecimento da personalidade, na busca da plenitude, a incerteza é indispensável, pois ela fomenta o crescimento, o progresso, significando insatisfação pelo já conseguido. A certeza significaria, neste sentido, a cessação de motivos e experiências, que são sempre renovadores, facultando a ampliação dos horizontes do ser e da vida.
Graças a incerteza, que não representa falta de fé, os erros são mais facilmente reparáveis e os êxitos mais significativos. A incerteza ajuda na libertação, pois que a presença do apego no sentimento,  gera a dor, a angústia. O apego que funciona como posse algumas vezes, como sensação de segurança e proteção noutras ocasiões, desperta o medo da perda, da solidão, do abandono.
A verdadeira solidão – a mente estar livre, descomprometida, observando sem discutir, sem julgar – é um estado de virtude – nem memória conflitante do passado, nem desespero pelo futuro na delineado. Portanto, a verdadeira solidão é geradora de energia, de coragem.
Normalmente, o medo da solidão é o fantasma do estar sozinho, sem ninguém a quem submeter ou a quem submeter-se.
A insegurança porque se está a sós assusta como se a presença da outra pessoa pudesse evitar os fenômenos automáticos de transformação interna do ser – fisiológica e psicologicamente – impedindo os acontecimentos desagradáveis ou a morte.
É necessário que o homem aprenda a viver com a sua solidão – ele que é um cosmo miniaturizado, girando sob a influência de outros sistemas à sua volta – com o seu silêncio criativo, sem tagarelice, liberando-se da consciência de culpa, que lhe vem do passado.
Destinado à liberdade plena, encontra-se encurralado pelas lembranças arquivadas nos painéis do inconsciente – sua memória perispiritual – que lhe põem algemas em forma de ansiedades, de fobias, de conflitos.
Mesmo quando os fatores da vida se lhe apresentam tranquilizadores, evade-se do presente sob  suspeitas de que não merece a felicidade, refugiando-se no possível surgimento de inesperados sofrimentos.
A felicidade relativa é possível e se encontra ao alcance de todos os indivíduos, desde que haja neles a aceitação dos acontecimentos conforme se apresentam. Nem exigências de sonhos fantásticos, que não se corporificam em realidade, tampouco o hábito pessimista de mesclar a luz da alegria com as sombras densas dos desajustes emocionais.
As heranças do passado espiritual deixam transparecer em manifestações cármicas, que devem ser enfrentadas naturalmente por fazerem parte da vida, elementos essenciais que são constituídos da existência.
Como decorrência de uma vida anterior libertina, surgem os conflitos, as castrações, os tormentos atuais, da mesma forma, como efeito do uso adequado das funções se apresentam as bênçãos de plenificação.
As Leis Cármicas, que são o resultado das ações meritórias ou comprometedoras de cada indivíduo, geram, na economia evolutiva de cada um, efeitos correspondentes, estabelecendo a ponderabilidade da Divina Justiça, presente em todos os fenômenos da Natureza e da Criação.
O fatalismo cármico da evolução é a felicidade humana, quando os ser, depurado e livre, sentir-se perfeitamente integrado na consciência Cósmica. A sua marcha, embora as aparências dissonâncias de alegria e tristeza, de saúde e doença, está sujeita ao processo das conquistas que lhe cumpre realizar passo a passo, com dignidade e com iguais condições delegadas aos seus semelhantes, sem protecionismos de pouco valor ou punições depreciativas indevidas, que formaram os arquétipos de privilégio e recusa latentes em muitos.
A resolução para ser feliz rompe as amarras de um carma negativo, face ao ensejo de conquistar mérito através das ações benéficas e construtivas, objetivando a si mesmo, o próximo e a sociedade. Nenhum impedimento na vida à felicidade. Uma resignação dinâmica ante o infortúnio – a naturalidade para enfrentar o insucesso negando-se a que interfiram no estado de bem-estar íntimo, que impede de fatores externos – realiza a primeira fase do estágio feliz.
O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência são  essenciais para adquirir-se a felicidade possível.
Na sofreguidão da posse, o homem supõe que o apego às coisas, a disponibilidade de recursos, a ausência de problemas, são os fatores básicos da felicidade e, para tato, se empenha com desespero.
Ao desfrutar deles, porém, dá-se conta que não se encontra feliz, embora confortado, porque é no seu mundo íntimo, de satisfação e lucidez, em torno das finalidades da vida, que estão os valores da plenitude.
As Leis Cármicas são a resposta para que alguns indivíduos desfrutem hoje o que a outros falta, ao mesmo tempo são a esperança para aqueles que lutam e desejam ardentemente, acenando-lhes a possibilidade próxima de aquisição dos elementos que felicitam.
Delinear a felicidade sem apego e insistir para consegui-la; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando-as com os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manter-se vigilante, sem tensões, nem receios e se dará o amadurecimento psicológico, abrindo espaço para o auto encontro, a paz plenificadora.
                                                           *****
A VARINHA MÁGICA DE LUÍZA CONY


O HOMEM ESPIRITUAL DEVE SER PROFUNDAMENTE SOLITÁRIO COM DEUS – PARTE IV


Esta Luz Divina que em mim está deve ser colocada no candelabro como uma lâmpada, no alto do monte como um farol. Quem é remido do seu falso eu  pode ajudar outros para se redimirem também. Por isto, deve ele fazer brilhar a sua luz, porque essa luz é a Luz de Deus que brilha através do ser humano, como através de um límpido cristal, no caso que o ser humano renuncie à opacidade do seu egoísmo e aceite a transparência do amor.
O ser humano profano é impuro no meio dos impuros.
O ser humano místico é puro longe dos impuros.
O ser humano crístico é puro no meio dos impuros, assim como a luz é pura no meio das impurezas.
O impuro no meio dos impuros e, em geral ruidosamente social.
O puro longe dos impuros é silenciosamente solitário.
O puro no meio dos impuros é serenamente solidário.
Por via de regra, para que o ser humano possa ser serenamente solidário com toda a humanidade,  solidamente crístico, é necessário que tenha passado pelo estágio da solidão silenciosa, profundamente mística, longe da sociedade dos impuros, ruidosamente profanos. É nesse período da mística solitária que o ser humano lança os alicerces inabaláveis para o seu edifício crístico de solidariedade universal. Uma vez que o ser humano ultrapassou certa fronteira interna de experiência de Deus em si mesmo, está definitivamente imunizado contra as velhas enfermidades do homem profano – cobiça, luxúria, vanglória, egoísmo,  desejo de aplausos e admiração, expectativa de resultados palpáveis, medo de castigo e esperança de prêmio – de todas essas doenças convalesceu para sempre o ser humano que chegou ao conhecimento da verdade sobre si mesmo, seu verdadeiro Eu divino, e não mais corre risco de recair nessas misérias, porque a verdade o libertou de toda ilusão e escravidão. Ele é livre e puro como a luz. Mas também é suave e benévolo como a luz solar, em pleno dia, e não violento e destruidor como a veemência de um raio em plena noite.
Só depois que  o ser humano aprendeu por experiência íntima, no silencioso abismo da mística, o que é Deus e o que é ele mesmo, é que ele pode atrever-se a ser de todas as criaturas de Deus, sem deixar de ser de Deus, pode andar por todos os mundos de Deus sem deixar de ser do Deus do mundo.
Ai do ser humano que quiser ser solitário com os homens antes de ser solitário com Deus.
Ai do ser humano que se derramar pelas ruidosas periferias das criaturas antes de estar firmemente alicerçado no silencioso centro do Criador.
Nenhum ser humano pode ser, por fora, de todas as criaturas de Deus sem que seja, por dentro, só de Deus.
Nenhum ser humano pode ser plenamente crístico sem que seja profundamente místico.
Só o contato direto com o Infinito é que torna o homem invulnerável no meio dos finitos.
E essa invulnerabilidade crística nada tem de lúgubre, de pessimista, de negativo, de triste – ela é toda leve e luminosa, amável e sorridente, como sua irmã gêmea, no mundo físico, a luz, que é suavemente poderosa e poderosamente suave.

Pela mística solidão com Deus adquire a alma uma espécie de castidade, de intensa virgindade espiritual, que, depois, na crística solidariedade com os seres humanos, se revela em fecunda maternidade, mãe de numerosos filhos de Deus. Essas  núpcias espirituais da alma crística supõem a pura virgindade da alma crística.
No início de toda a vida nova está o sentimento natural do pudor. A vida é um mistério tão sagrado que a sua transmissão deve ser velada em profunda escuridão, oculta pelo véu invisível do pudor, tanto no plano biológico como no plano espiritual da Humanidade.
A experiência mística é uma concepção espiritual que deve ser velada em mistério. O que se passa, na solidão anônima, entre uma alma e Deus nunca ninguém o saberá, nem deve saber; esta  envolto em impenetrável pudor; só as consequências desse encontro místico da alma com Deus é que podem ser reveladas, na vida diária do ser humano cristificado.
A vida do ser humano cósmico, é pura como a luz, na sua solidão mística – e é fecunda como a luz, na sua solidariedade crística...
“VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO”...
“BRILHE DIANTE DOS SERES HUMANOS A VOSSA LUZ!”...
                                                           ***
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL!


Jesus era o legislador perfeito reflexo da Lei de Deus, e como tal, exclamou diante da mulher adúltera: “Vai e não peques mais”, deste modo, ele procurou cumprir a verdade da Lei divina, que atua como corretivo, mas não punitivo, pois ela é justa e cria, jamais destrói. E, ainda, em correspondência à vibração cósmica, que restabelece toda harmonia, Jesus fez advertência severa aos perseguidores da pecadora e os chamou à ordem, uma vez que projetavam na infeliz os próprios erros e recalques humanos. Quando então lhes disse: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”, colocou a descoberto todos os vícios e paixões humanas, conclamando aqueles falsos virtuosos a uma correção íntima, convencendo-os de que embora a lei humana mandasse lapidar as mulheres  adúlteras, isso só poderia ser executado pelas criaturas que não tivessem nenhum pecado.
Em verdade, através de Jesus, refletiam-se tanto quanto possível as Leis Divinas, que corrigem excessos, distorções e desvios do conjunto de transformações da vida e, magnificamente, resumidas no Evangelho, ali se demonstravam na reforma de conceitos, máximas, parábolas e princípios, que devem reajustar a iluminação humana.
                                                           ***
A atitude mais certa perante Deus ainda é a de “amar o próximo como a si mesmo”, quer mereça ou não. Em qualquer circunstância da vida terrena a indiferença diante da dor e do profundo sofrimento alheio é sinal de crueldade, mesmo quando temos convicção de que o próximo se submete ao processo cármico de seu próprio resgaste espiritual. A caridade não é resultado de um programa aprovado em discussões onde primeiramente se julga do merecimento do necessitado ou do melhor aproveitamento espiritual dos seus próprios idealizadores. Na verdade, é fruto de sentimento tão espontâneo quanto o da flor oferecendo o seu perfume sem qualquer interesse oculto. Quando Jesus afirmou que “só pelo amor será salvo o homem”, ele extinguiu definitivamente qualquer dúvida quanto à nossa verdadeira atitude.
A sua recomendação dispensa comentários e elimina indecisões, pois revela o segredo de o homem alcançar mais rápido a sua própria felicidade. O Mestre não fez exceções nem destacou privilégios, mas recomendou-nos um amor incondicional, desinteressado e puro! Eis porque os espíritos desencarnados, que realmente confiam nos ensinamentos do Cristo, curvam-se humildes e devotam-se ao bem alheio sem quaisquer julgamentos prematuros ou pretensões egoístas.
                                                           ***
Os nossos livros de orações e manuais de teologia espiritual têm a tendência de apresentar Jesus o Cristo, como tendo sido  o “meigo nazareno” o “mestre bondoso”, etc. Essas expressões dão aos leitores uma ideia errônea do caráter de Jesus.
Ser meigo, ser bondoso, é, para muitos de nós, ser bonachão, bonzinho, conivente com todas as fraquezas humanas; ser incapaz de rigor para defender a verdade e a justiça. A ideia que muitos livros dão de um mestre espiritual é que ele nunca diga não em face das molezas, indisciplinas e misérias dos outros.
Para muitos o mestre espiritual deve ser, acima de tudo simpático, deixando tudo como está para ver como é que fica.
Não encontramos, porém, nenhum desses traços na pessoa de Jesus. Ele é, acima de tudo, o defensor da verdade, da disciplina, da retidão da vida humana, quer seja agradável, quer desagradável.
Quando três homens queriam  ser discípulos dele, o Mestre não os abraçou entusiasticamente com maravilhosos idealistas ou espiritualistas, mas encarou calmamente um destes entusiastas e lhe disse: “As raposas têm cavernas, as aves têm ninhos, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. E o fogoso candidato desapareceu para sempre.
Um entusiasta declara ao Mestre que quer ser discípulo dele, contanto que o Mestre lhe permita primeiro despedir-se da sua família. Mas o Mestre lhe replica: “Quem lança mão ao arado, e depois olha para trás, não presta para o Reino de Deus”. E, com esta trovejante resposta, o candidato sentimental desaparece para sempre.
Outro jovem foi candidato por Jesus a segui-lo simplesmente: “Segue-me”. E o convidado estava mesmo disposto a seguir  o Mestre – contanto que... E aqui vem as costumeiras condições restritivas de um seguimento condicional: “Permite, que vá primeiro sepultar meu pai que acaba de falecer”, e ele ouve a categórica resposta: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos – tu, porém, vai e proclama o Reino de Deus”.
Um guru bondoso e simpático,  devia, naturalmente ter atendido a um pedido tão razoável. Mas o Mestre que o Evangelho conhece se mostra rigoroso e, aparentemente, pouco amável. Qualquer mestre humano teria atendido a um pedido tão humano e piedoso. O Mestre Divino, porém, tem a coragem de negar o pedido humano e defender a verdade e a disciplina.
Nenhum desses três casos mereceria ao Mestre Jesus o título de meigo, bondoso, simpático.
De todos os seus verdadeiros discípulos exige o Mestre, com rígido rigor: “Quem não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo”.
Por ocasião da purificação do templo, não pede Jesus gentilmente aos profanadores: Por  favor retirai-vos com as vossas mesas de câmbio um pouco para a entrada do santuário – mas faz de umas cordas um chicote e ameaça os vendedores ambulantes, derrubando sumariamente as mesas dos cambistas, e rogando: “Não façais da casa do meu Pai uma praça de mercado, um covil de ladrões.
Para o Cristo, acima de tudo, a verdade, a santidade, a dignidade da vida humana. Nada lhes interessa a ira ou os aplausos dos poderosos, nem a simpatia dos egoístas.
Quando o Mestre com rigor,  age sempre em defesa de uma causa sagrada, e não em defesa de sua personalidade ofendida.
Quando alguém lhe dá uma bofetada, está disposto a receber mais outra. Mas, ai de quem põe em risco a verdade, a justiça, a sacralidade, o respeito devido aos valores eternos da vida humana!
Em face disto, o Mestre só conhece rigor e disciplina.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY