quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O QUE ESPERAMOS DE NÓS MESMOS?


Minha amiga Fani, sem rumo na vida, me escreveu uma longa carta pedindo orientação espiritual. A emoção estava viva em cada linha, e eu tive uma enorme vontade de chorar e de auxiliar. Então me reclinei timidamente sobre a mesa, como uma súplica aos céus e senti ternamente a chegada da luz e do cântico de pensamentos elevados, como sinfonias sem limites nem medidas. A voz dos grandes Espíritos em humildade e simplicidade trazendo o amor e a bondade das suas experiências.
Foi deste modo que nasceu esta carta para a querida amiga Fani compreender os desígnios de Deus Pai: Cristo! Tu és a bondade que acaricia, o amor que inflama, a luz que guia.  És também a prova que cabe para o meu bem, a dor que me liberta, a fé que me restitui a vida.
Tudo Tu és, ó Senhor! Seja por meio da dor, da alegria, do amor.
É sempre a Tua mão que nos guia para a única meta que és Tu.
Que nos dá só amor como suprema razão da vida.
Ó Cristo! O que esperamos de nós mesmos?
Estamos buscando a ti, para continuarmos sentindo o nosso trabalho interior que será motivado pelo Teu Supremo Amor.
Com o Senhor, vamos iniciar um novo processo de conhecimento do amor que exigirá força de vontade, obediência, fé e ação.
Ó Cristo! O senhor é o sinal sensível do nascimento da nossa motivação. É contigo que aprenderemos o progresso espiritual e moral. Cada dor não nos será uma derrota, mas a lenta marcha para a familiarização com as Leis Morais, nossas maiores riquezas a serem conquistadas, e de hoje e diante tentaremos rasgar o véu do nosso templo interior.
Na verdade, Tu és a nossa continua motivação porque estás acima de todas as ascensões humanas. Assim se realize.
Depois de  alguns meses, a Fani veio me visitar como agradecimento pelas palavras que lhe escrevi.
Nos momentos da alma, nas dores, nas referências miúdas como grãos de areia, nas grandes confissões de sua vida, na ausência de fé; mas no compromisso sério assumido na mente, no coração e na alma, se afloraram naquele nosso encontro.
Tudo, ela quis compartilhar comigo e principalmente com o Plano Espiritual motivando-a a pronunciar o “sim” para a renovação íntima, sem medo de percorrer as montanhas do próprio  ser, os tropeços nos declives do ego, desesperar-se pela dor das saudades da sua mãe. Surpreender-se com a violência das luxúrias, querer esmagar com as próprias mãos as ruínas emocionais, sentir o tom irado da inteligência por não saber se adaptar ao convite para orar em silêncio, conversar com o Cristo vivo e silencioso que nos diz o amor com expressiva convicção de fé. Um Cristo silencioso que deve ser a alegria para nós, e porque Ele fala de tantas maneiras como sempre falou.
Todos nós necessitamos encontrar na prece a motivação para nos comprometermos com a vida e com o mundo. Foi  com esta motivação que ofereci os meus préstimos mediúnicos para auxiliar a amiga Fani, a se reequilibrar no amor e na esperança de uma vida farta de dignidade e bens morais para sentir a alegria de praticar a caridade e ir se aperfeiçoando.
Fani, você se questionou muitas vezes antes de vir me procurar para revelar as suas mudanças.
- Quais são as suas fantasias ou seus desejos de sucesso? E se sentiu mais calma e preparada para contar as novidades.
Para mim, o melhor caminho da vida tornou-se  em ajudar comunidades pobres, protege-las contra as drogas e contra doenças graves; Ensinando sua população a se preservar contra a violência no lar, saber que Deus ama a todos com igualdade e que deve haver motivação para viver.
Comecei o trabalho voluntário no Canadá, mas pedi demissão da Empresa onde era Diretora da Área de Recursos Humanos, e fui para a Tailândia, onde há muitos portadores de HIV. Estudei enfermagem e planejava seguir carreira como farmacêutica, mas precisava de um tempo maior para me dedicar aos estudos e estava tão envolvida com as famílias pobres e portadoras de AIDS.
Para me aproximar dos mais jovens, preparava bolos, tortas, sucos, salgadinhos e muito sorvete, levava também meu violão para ensaiar um pequeno grupo de cantores existente numa das comunidades. Chegava e arrumava a mesa e rapidamente todos corriam, mas primeiro jogavam os braços magrinhos em torno da minha cintura e, ai, dirigia-lhes algumas palavras carinhosas. Comiam tudo e depois ficavam correndo atrás de mim, pedindo para tocar violão e cantar, - era uma festa.
À tarde, algumas mães traziam seus filhos até a barraca que eu montara para trata-los mais a vontade. O calor era algo assustador, não havia água filtrada, higiene, a terra seca. Uma jovem mãe com a filha ainda bebê no colo, era portadora do HIV e tinha problemas cerebrais, pedia que eu matasse a criança porque ela não tinha como dar remédios e leite.
Passei dois anos naquele lugar e fazia questão de lançar aos jovens, o desafio de garantir para si e para suas famílias um futuro melhor. Os infortúnios deveriam mostrar as chances de ter motivação para neutralizar as negatividades, e sem constrangimento lutaram pacificamente para conseguir montar um laboratório farmacêutico que começou a produzir remédios baratos para tratar a AIDS.
A partir daí resolvi ir para o Camboja, com o intuito de dar um pouco de motivação para os pobres e doentes, ajuda-los no combate a AIDS e também a malária.
Os dias voavam  mas eu não sentia cansaço nem sono porque assistia tanta dor e fome, e, procurava seguir o mesmo ritmo anterior.
Nessa ocasião, me sentia profundamente influenciada pelas cartas que você Luíza me enviava, sobretudo pela motivação que o guia espiritual Abel Monsenhor dirigia-me: “Se tiver oportunidades de fazer o bem, faça”. E pensava, tenho que lutar. É preciso fazer algo mais. Não é justo que não consigam ter outros medicamentos.
Estava cheia de entusiasmo. Eu trabalhava muito e descansava pouco. Não estaria na hora de diminuir o ritmo? É a minha pergunta para você Luíza.
E eu respondi: - Querida Fani, você é apenas uma alma que necessita dar amor porque recebe muito amor de Deus. Você aprendeu a se conhecer melhor e a ter razões de sobra para não acumular dinheiro para depois gastá-lo com os supérfluos e com os desejos do ego. Hoje, você quer ser útil a essas pessoas, ao menos fazê-las se sentirem como seres humanos.
Na vida é isso que faz você feliz.
O Cristo desceu dos Céus para acender na alma humana a vontade de aprender as riquezas de Deus.
Abre o “Grande Livro da Vida” leia uma sentença que seja, anuncie-se como cristã para sempre fortalecer o seu ser.
Lembre-se: diante da mudança alvissareira a alma pede bem ligeira uma instrução para sua sementeira poder dar bons frutos e querer alimentar outras almas, com o Amor do Cristo, que faz com que a vida tenha o sentido verdadeiro, bem como está escrito no Grande Livro da Vida: - “Vieste  na Terra para cumprir o verdadeiro aperfeiçoamento. Se queres progredir na vida alimenta-te todos os dias da SABEDORIA DIVINA que ilumina, transforma e guia”.
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


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