No que diz
respeito à nossa saúde, somos irresponsáveis sob todos os aspectos. Diante das
enfermidades que nos acometem, procuramos nos facultativos da medicina, a
tentativa de aliviarmos nossas dores ou a nossa cura; no entanto, quantas vezes
deixamos de seguir as orientações médicas, abandonando os remédios e as dietas,
assim como as indicações de nosso controle emocional e, muitas vezes, as
necessidades de uma atividade física e dos conhecimentos da medicina, que são
frutos do trabalho incansável de inúmeras criaturas que se dedicaram e se
dedicam, ao longo do tempo, em pesquisas para o bem da humanidade, sob a
inspiração da Sabedoria divina que infantilmente desprezamos. Incontáveis também
são as criaturas que, assim como nós, só se lembram do nosso Pai Celestial nos
momentos da dor maior, após terem recorrido à medicina sem muito sucesso e
esperam sempre por uma manifestação milagrosa no campo religioso.
Mesmo estando
a medicina sob a inspiração da Sabedoria
Divina, esses operários da humanidade esbarram na vaidade e no orgulho, assim
como todos nós, pois trabalham ainda na superfície da solução dos problemas,
observando apenas a parte física do ser, esquecendo que o espírito preside o
corpo e longe estão de promover a cura real das várias enfermidades que fazem
parte de nosso estado evolutivo.
No campo
religioso, existem problemas maiores, porque muitos sofredores são ludibriados por
promessas de curas quando elas não podem acontecer, provocando, dessa forma, a
descrença de muitos na existência de
Deus o que retarda, ainda mais, o crescimento moral das criaturas.
Catalogar ou
enumerar todas as enfermidades, aqui, seria impossível, pois nos falta
conhecimento e a própria medicina possui esta dificuldade, pois que, a cada
dia, novos diagnósticos são realizados. Não é nossa intenção abordarmos, aqui,
a cura ou não, de determinadas doenças, mas uma coisa é fato: ninguém poderá
fazer promessas de cura. As curas podem acontecer, mas nós não sabemos em que
momento ou se elas ocorrerão; devemos sempre lembrar que cada criatura é um ser
individual, com as suas próprias experiências, débitos ou créditos, aquisições
essas acumuladas em seu passado milenar e no presente e, por isso, as
enfermidades manifestam-se em cada criatura de forma diferenciada, estando a
cura ou não, de cada um, subordinada a uma programação a cumprir, que dependerá
de sua conduta moral no presente e no tempo de resgate referente ao seu
passado, com vistas ao futuro e cujo conhecimento só a Deus pertence. Ai entrará
a nossa fé e a vontade sincera de mudar o nosso interior (onde reside as causas de nossas enfermidades, na
mente) e, por isso, promessas não podem ser feitas. Como o próprio Cristo
falava “A tua fé te curou”, Ele não prometia as curas, e, recomendava: vá e não
peques mais, ou seja: siga uma vida moral irrepreensível, não incorra nos mesmos erros do passado para que um mal
maior não lhe aconteça.
Todo enfermo
é digno de atenção e carinho e não desejamos discutir neste momento o problema
de cada enfermidade ou qual merece maior ou menor dedicação, mas gostaríamos de
salientar a necessidade de cuidarmos de nossa mente e de nossos pensamentos,
pois é nela que reside todas as nossas
aquisições como espíritos eternos que somos, ou seja: é o nosso maior
patrimônio. Qualquer descuido com a mesma deixará reflexos em nosso corpo
físico e não é em vão que há um ditado que diz: “mente sã, corpo são”. Quando causamos
um sério desequilíbrio em nossa mente podemos atravessar várias encarnações
para reajustá-la.
Devemos lembrar
que quando mantemos pensamentos constantes na revolta, na cólera, na angústia,
no melindre, no ódio, no pessimismo, na indignação e em tantos outros defeitos
morais, estamos, da mesma forma, em
sintonia com milhares de pensamentos, iguais aos nossos, que acabam produzindo
fluidos nocivos em nossa mente que, por sua vez, se refletem, em nosso
organismo físico, através das enfermidades.
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A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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