quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O SERMÃO DA MONTANHA


“Se se  perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse o SERMÃO DA MONTANHA, nada estaria perdido”. Mahatma Gandhi
“O homem é por essência um ser a caminho de si mesmo. Procura, consciente ou inconscientemente, realizar-se biológica, mental e espiritualmente”.  Huberto Rohden – filósofo, educador e  escritor
Agradeço a este grande amigo, muitas das minhas inspirações.
Algumas considerações de Huberto Rohden:
- Antes de iniciar a sua vida pública, fez Jesus 40 dias de silêncio e meditação no deserto. E a primeira mensagem que, logo no princípio, dirigiu ao povo é o chamado “Sermão da Montanha”, proferido nas colinas de Kurun Hattin, ao sudoeste do lago de Genezaré.
Estas palavras podem ser consideradas como a “Plataforma do Reino de Deus”, como  diríamos em linguagem política. Representam o programa da mística divina e da ética humana, visando a total autorrealização do homem.
Logo de início, vêm as oito beatitudes, onde o Mestre proclama felizes precisamente aqueles que o mundo considera infelizes: os pobres, os puros, os mansos, os sofredores, os perseguidos, etc. Esta distinção entre felicidade vai através de todo o Evangelho do Cristo, e só pode ser compreendida por aqueles que despertaram para a realidade do seu Eu Espiritual.
O Sermão da Montanha representa o mais violento contraste entre os padrões do homem profano e o ideal do homem iniciado.
Não adianta analisar esse documento máximo da experiência crística. Só o compreende quem o viveu e vivenciou.
E, para preludiar o advento do Reino de Deus sobre a face da Terra, é necessário que cada homem individual realize dentro de si mesmo esse reino, que reserve cada dia, de manhã cedo, meia hora para se interiorizar totalmente no seu EU DIVINO, no seu CRISTO INTERNO, pela chamada meditação.
Durante a meditação, o homem se esvazia de todos os conteúdos de seu ego humano sem nada sentir, nada pensar, nada querer, expondo-se incondicionalmente à invasão da plenitude divina. Onde há vacuidade acontece uma  plenitude. O homem vazio de si é plenificado por Deus.
Mas, não se iluda! Quem vive 24 horas plenificado pelas coisas do ego – ganâncias, egoísmos, luxúrias, divertimentos profanos – não pode esvaziar-se, em meia hora de meditação; esse se ilude e mistifica a si mesmo por um misticismo estéril. É indispensável que o homem que queira fazer uma meditação fecunda e eficiente, viva  habitualmente desapegado das coisas supérfluas e se sirva somente das coisas necessárias para uma vida decentemente humana. Luxo e luxúria  são lixo e tornam impossível uma vida em harmonia com o Espírito do Cristo e do Evangelho.
“Bem-aventurados os pacificadores” é a apoteose da autorrealização, porque o homem que realiza o seu elemento divino, o seu Cristo Interno, entra num mundo de firmeza e paz, que se revela constantemente em forma de alegria e felicidade e se concretiza em benevolência e vontade servir e de dar.
O homem que encontrou Deus pela experiência mística  é, naturalmente,  bom e benévolo com todos os homens e com os irmãos desencarnados. A felicidade interna tem a irresistível tendência de transbordar em benevolência externa e numa vontade de servir e de dar espontânea e jubilosamente.
Não  parece estranho que Jesus tenha proclamado felizes os tristes? Ele que disse aos seus discípulos: “Deixo-vos a Paz, dou-vos a minha Paz, para que minha alegria esteja em vós e seja perfeita a vossa alegria e  ninguém mais tire de vós a vossa alegria!”.
Pode alguém ser triste e estar alegre – como também pode ser alegre e estar triste. O que é decisivo é a atitude interna, permanente, negativa ou positiva.
Quem tem a consciência reta e sincera de estar na Verdade é profundamente alegre, calmo, feliz, embora externamente lhe aconteçam coisas que o entristeçam  e quem, no íntimo da sua consciência, sabe que não está na Verdade, é profundamente triste, ainda que externamente se distraia com toda espécie de alegrias.
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


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